
Foi imediata e intensa a reação de socialistas ao conteúdo do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, divulgado no fim desta sexta-feira (22), após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello. Integrantes do PSB usaram as redes sociais para externar o desagrado com Jair Bolsonaro (sem partido) e representantes de seu governo.
Líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon (RJ) chamou de “estarrecedoras” as revelações do núcleo presidencial. Para o deputado, “a reunião ministerial mostrou não um presidente preocupado com a pandemia, mas uma pessoa descontrolada, agressiva e ameaçadora. São 11 crimes de responsabilidade”, disse, apontando que ou “as instituições param Bolsonaro ou ele destruirá o Brasil”.
Ex-deputado do PSB e coordenador do Instituto Pensar, Domingos Leonelli, também manifestou preocupação com a escalada da crise. Referindo-se ao vídeo um retrato da “pornô-política”, ele afirmou que a ‘oposição e a esquerda principalmente, precisam de muita serenidade e firmeza’ neste momento para “prosseguir no caminho da legalidade e do respeito à Constituição defendendo o caminho pacífico e absolutamente legal do pedido de impeachment do Presidente Jair Bolsonaro”.
Para o deputado Aliel Machado (PR), o conteúdo exposto mostra a gravidade da situação nacional. “O Brasil vive nesse momento sua maior crise institucional desde a redemocratização. Não existe margem para dubiedade. O que está em jogo é a liberdade e o futuro da nossa nação. Quem não se posiciona, é cúmplice”, disse.
Desumanidade
Listando os temas centrais da reunião, o deputado João H. Campos (PE) declarou que o vídeo não deixa dúvida sobre a desumanidade do Governo “Armas, cassino, perseguição, xingamentos e desmonte das instituições democráticas. E a pandemia? E os milhares de contaminados? E as pessoas mortas? Tratam como se fossem nada. A reunião ministerial mostra a desumanidade do governo”, afirmou.
Já para a deputada federal Lídice da Mata (BA) os vídeos deixam clara a “formação de milícias, a destruição do meio ambiente, a ameaça às instituições e aos prefeitos e governadores, a proteção de filhos suspeitos de cometer crimes, privatizações e NADA sobre a crise sanitária do coronavírus”.
‘Ministério de Canalhas’
Na opinião de Camilo Capiberibe (AP), o quadro denuncia a “incitação à desordem armada, o ataque à organização das sociedades modernas, ao estado, desprezo pela diversidade de culturas e meio ambiente, desinteresse em salvar as vidas perdidas para o coronavírus”. Trata-se de um ministério de canalhas!”, indignou-se.