
Por Lucas Rocha
O ex-presidente Lula fez um pronunciamento ao Brasil nesta segunda-feira (6), véspera do dia 7 de Setembro, com duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro e aos atos golpistas convocados pelo mandatário.
“Ao invés de Bolsonaro anunciar soluções para o Brasil, o que ele faz neste dia é chamar as pessoas para a confrontação, é convocar atos contra os poderes da República, contra a democracia, que ele nunca respeitou”, afirmou o ex-presidente.
“Ao invés de somar, estimula a divisão, o ódio e a violência. Não é isso que o Brasil espera de um presidente”, completou.
O ex-presidente destacou que o país vive uma “destruição”, com alta no desemprego e retorno da fome. “O Brasil andou para trás”, declarou.
No entanto, Lula buscou deixar uma mensagem de esperança. “A fome, a pobreza, o desemprego e a desigualdade não são mandatários divinos, são resultado de erros. Vamos continuar lutando para superar esse momento. Vamos reconstruir esse país”, afirmou.
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Apesar de maioria da população não enxergar justificativa para os atos golpistas do 7 de setembro, há uma parcela significativa que deve se mobilizar em favor Bolsonaro. É o que mostra pesquisa Atlas Político divulgada nesta segunda.
Quando os entrevistados foram questionados pela pesquisa sobre a participação nos atos, 18,4% dos entrevistados disseram que pretendem comparecer. 6,2% disseram que talvez participem. Somados, esse grupo chega a 24,6% – minoritário, porém expressivo em uma manifestação pública.
Os que afirmam categoricamente que não irão às manifestações golpisas são 59,5%. Outros 8,8% disseram que provavelmente não vão se somar. 7,1% disseram que não sabem.
A pesquisa Atlas ainda perguntou se os entrevistados veem risco à democracia. 75,6% afirmaram que sim e apenas 14,6% disseram que não. 9,6% não sabem.