
Os presidentes Lula e Biden se encontram nesta sexta-feira (10) e um dos temas que deve ganhar amplo destaque na reunião entre os mandatários é o combate à extrema direita e grupos antidemocráticos que almejam golpes e a edificação de autocracias.
O encontro do presidente do Brasil e dos EUA, para além da retomada das parcerias bilaterais, traz um contexto político em comum nada agradável: ambos derrotaram os líderes da extrema direita nas Américas e tanto um quanto outro sofreram uma tentativa de golpe.
Dessa maneira, Lula e Biden vão traçar uma estratégia de combate à extrema direita e grupos antidemocráticos em seus respectivos países, pois, trata-se das duas maiores economias das Américas e, consequentemente, são vistas como cruciais para a proliferação ou esmagamento dos grupos autoritários.
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As diplomacias do Brasil e EUA, segundo informações de Jamil Chade, no UOL, já trabalham na retomada de mais de dez mecanismos de cooperação bilateral de combate ao racismo, promoção dos direitos humanos e também comerciais que estavam paralisados.
O combate à extrema direita
Lula e Biden devem anunciar um pacto em defesa da democracia e de combate aos grupos antidemocráticos. Tal parceria envolve ações de fortalecimentos das instituições democráticas e o combate à desinformação.
O governo brasileiro é grato ao presidente Biden pelo fato de ter alertado os miliares brasileiros de que não haveria respaldo a um golpe de Estado no Brasil. A diplomacia de Lula considera tal gesto fundamental para desanimar parcela das Forças Armadas em adentrar a uma aventura golpista.
Cabe ressaltar que, Biden foi um dos primeiros líderes a reconhecer a vitória de Lula e, um dia depois da tentativa de golpe no Brasil, ocorrida no dia 8 de janeiro, o mandatário estadunidense ligou para Lula.
Diante de tal contexto, onde os dois maiores países convivem com o contexto de uma extrema direita armada e golpista, Biden e Lula vão anunciar uma aliança das democracias contra o autoritarismo.
No entanto, Lula deve alertar Biden de que, além do Brasil e dos EUA, outros países da América também convivem com contextos semelhantes: Chile, Argentina, Colômbia e Bolívia, portanto, uma aliança em torno da democracia deve envolver toda a região das Américas.