
O bom desempenho da chapa Lula-Alckmin nas pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais abre caminhos para que a campanha busque intensificar o diálogo com representantes da indústria, do agronegócio e das Forças Armadas. Três setores que nos últimos anos estiveram próximos do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
Tanto o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quanto o ex-governador, Geraldo Alckmin (PSB) têm participado de agendas com representantes desses setores.
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Alckmin foi destacado como interlocutor junto a empresários do interior paulista e representantes do agronegócio no Centro-Oeste do país.
A dupla e outros integrantes da campanha presidencial têm cumprido agenda de jantares, reuniões e encontros com nomes dessa três áreas para ouvir ideias, demandas, insatisfações e propostas.
O bom desempenho de Lula nas pesquisas é um fator chave para consolidar essa interlocução.
Demandas do agronegócio e da indústria
Na última sexta-feira (22), Alckmin e o ex-ministro Aloizio Mercandante (PT), um dos coordenadores da campanha, se reuniram com o deputado Neri Geller (PP-MT), o senador Carlos Favaro (PSD-MT) e o empresário Carlos Agostin. Todos do agronegócio.
A principal pauta do encontro foi a redução do custo de produção, o que passa pela redução do valor do dólar e, por consequência, do diesel. Além da diminuição do valor dos fertilizantes, o que poderia ocorrer por meio da retomada da produção nacional da Petrobras.
Representantes da indústria têm apresentado à chapa preocupações semelhantes. O principal deles é reverter o processo de desindustrialização, que se tornou mais acelerado a partir de 2015. O pedido passa por incentivos públicos ao setor.
Outro ponto importante que tem sido apontado pelo grupo é a necessidade de melhorar a imagem do Brasil no mercado internacional. Isso porque a instabilidade política ajuda a acentuar a instabilidade econômica e prejudicam o país no exterior.
estudadas”, disse uma fonte à reportagem.