
Nesta quarta-feira (2), a partir das 9h30, a CPI da Pandemia do Senado ouvirá o o depoimento da médica infectologista Luana Araújo. No início de maio, o nome dela chegou a ser anunciado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para o cargo de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, mas a nomeação foi cancelada dez dias depois.
A CPI pretende ouvir Luana Araújo antes de uma nova oitiva com o ministro Queiroga, para conhecer a versão da infectologista sobre os motivos da mudança.
A convocação de Luana Araújo havia sido requerida pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Humberto Costa (PT-PE) logo após o anúncio do cancelamento da nomeação.
No evento de 12 de maio em que sua nomeação foi anunciada, Luana Araújo disse que iria “coordenar a resposta nacional à covid-19, em diálogo permanente com todos os atores”. Dez dias depois, em nota, o Ministério da Saúde afirmou que a pasta buscava “outro nome com perfil profissional semelhante: técnico e baseado em evidências científicas”.
Queiroga vai depor novamente à CPI
O novo depoimento do ministro Queiroga será no próximo dia 8. A data foi acertada nesta terça em reunião dos senadores de oposição e independentes na casa do presidente da comissão, o senador Omar Aziz (PSD/AM).
Os senadores se reuniram após o depoimento prestado pela médica Nise Yamaguchi para traçar uma nova estratégia. Na oitiva realizada nesta terça-feira com Yamaguchi, os senadores tentaram avançar sobre a formação de um gabinete paralelo que aconselhava o presidente sobre a pandemia em detrimento das recomendações oficiais do Ministério da Saúde.
Audiência sobre cloroquina foi cancelada
A princípio, estava prevista para esta quarta uma audiência pública para ouvir médicos e pesquisadores contra e a favor do uso de drogas como a cloroquina no chamado tratamento precoce contra a Covid-19.
Aziz afirmou que a comissão não deve mais tratar de cloroquina. A cúpula da CPI avaliou nesta terça-feira que não foi produtivo colocar a Nise para depor, já que ela defendeu visões pessoais sobre questões técnicas, o que não ajuda no avanço das investigações.
Além disso, avaliam que está cansativo continuar abordando o tema da cloroquina neste momento e que isso contribui para propagar desinformação.
Os senadores Luís Carlos Heinze (PP-RS) e Eduardo Girão (Podemos-CE) pediram que os depoimentos cancelados sejam remarcados. Para falar contra haviam sido convidados os médicos Clovis Arns da Cunha e Zeliete Zambom. Para defender o tratamento, a comissão ouviria os médicos Francisco Eduardo Cardoso Alves e Paulo Márcio Porto de Melo.
Acompanhe no Socialismo Criativo
Assista ao vivo
Com informações da Agência Senado