
As deputadas estaduais pelo PSOL-SP Isa Penna e Mônica Seixas, da Bancada Ativista, entraram com um pedido de cassação do mandato do deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) nesta quinta-feira (4) no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Garcia anunciou em suas redes sociais ter compilado em um dossiê com nomes de pessoas que se autodenominam “antifas” (antifascistas). A documentação, que circula nas redes sociais, tem informações pessoais como nome, local de trabalho e foto de cerca de mil indivíduos que fazem oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
As deputadas do PSOL avaliam o ato como “um claro estímulo à perseguição das últimas manifestações em defesa da democracia do último domingo (31)”.
De acordo como texto da representação, “o deputado cria fake news ao afirmar que ser antifascista é crime, que pertencem a organização criminosa, terroristas, no mais incita a violência, ao divulgar a suposta lista afirmando tratar-se de lista de ‘criminosos’ (…). No mais, atribui a outros parlamentares serem representantes da suposta organização criminosa, portanto, mais uma vez caluniando, difamando e espalhando ódio aos parlamentares que se declaram antifascistas”.
Ao G1, Mônica Seixas afirmou que o pedido foi protocolado “porque é uma amostra muito explícita de como opera o Douglas e a sua quadrilha de desinformações a partir da máquina pública da Assembleia Legislativa usando recursos, computadores, internet, funcionários lotados no gabinete para tentar ir contra a democracia”.
“Não é só nas campanhas contra o STF ou o Congresso, motivo pelo qual ele já é investigado. É uma amostra do que eles fazem, mas é também um ato desesperado de tentar desestimular todos aqueles que praticam a sua liberdade política de se manifestar, de pensar, de refletir, de se rebelar e protestar nas redes sociais e nas ruas. Por isso a gente não vai admitir e quer que a Assembleia Legislativa investigue e se posicione sobre posturas reiteradas desse parlamentar acerca da democracia, da liberdade de expressão e política das pessoas”, declara.
A deputada Isa Penna também abriu uma representação no Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pedindo que seja investigada a origem de dossiê que está sendo divulgado nas redes sociais, supostamente o mesmo que teria sido consolidado por Douglas Garcia.
“Douglas Garcia coletou informações pessoais de pessoas ideologicamente diferentes dele e divulgou tais informações com um intuito de intimidação e violência”, afirma a representação enviada ao MP-SP.
Com informações do G1.
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