
Para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) , nem aumento de R$ 200 reais no Auxílio Brasil, aprovado pelo Congresso após articulação do governo federal, deve ajudar o presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa ao Palácio do Planalto, mas não a ponto de vencer o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Nordeste.
Lira teria dito, em conversas reservadas, que a disputa deve ser decidida na Região Sudeste e que a situação no Nordeste não deve mudar. A emenda constitucional que prevê o pacote de benefícios a três meses das eleições foi promulgada nesta quinta-feira (14) pelo Congresso.
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Entre as medidas está o aumento de R$ 200 no Auxílio Brasil de 1º de agosto a 31 de dezembro. A previsão é que o ajuste temporário, considerado eleitoreiro, custe R$ 26 bilhões aos cofres públicos até o final de 2022.
Lira ajudou a agilizar a tramitação do texto e foi um dos principais articuladores para a aprovação do pacote de benefícios no Congresso.
O Governo Federal pretende iniciar o pagamento de auxílios previstos na primeira quinzena de agosto. Além do aumento do Auxílio Brasil, o pacote de “bondades” de Bolsonaro prevê repasses a caminhoneiros e taxistas e aumento do vale-gás.
Apesar dos esforços do atual presidente para conquistar o eleitorado, Lira disse não acreditar que a situação de Bolsonaro mude no Nordeste. Na avaliação do parlamentar, é possível que ele consiga mais votos na região do que obteve em 2018, mas não serão suficientes para ultrapassar Lula na região.
De acordo com a Pesquisa Datafolha, divulgada no dia 23 de junho, Lula tem 47% das intenções de voto contra 28% de Bolsonaro no primeiro turno. No Nordeste, o petista cresce para 58% e Bolsonaro 19%. Já no Sudeste, Lula tem 43% contra 29% do atual presidente.