
Nessa terça-feira (10), o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro. A ação investiga suposto suposto envolvimento de órgãos do governo na defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
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O pedido no STF foi protocolado pela deputada Natália Bonavides (PT-RN) e cita possíveis crimes de tráfico de influência, advocacia administrativa e improbidade administrativa. As informações são de Guilherme Amado, da Época.
“A situação é escandalosa! Estamos diante do possível uso de instituições de Estado para produção de provas em favor do filho do presidente da República. Tamanha subversão das instituições não pode ficar sem a devida apuração e sem a responsabilização cabível”, diz a peça.
Segundo foi revelado pela revista em outubro, advogados de Flávio reuniram-se com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), Augusto Heleno, e com o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, para discutir as investigações sobre a suspeita da prática da “rachadinha”.
Na semana passada, o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou à Justiça Flávio, Queiroz e mais 15 investigados por organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita no esquema das “rachadinhas”.
Defesa de Flávio Bolsonaro emite nota
A defesa do senador Flávio Bolsonaro afirmou que “procurou o Presidente da República para noticiar o cometimento de um crime contra um membro da sua família por órgãos públicos e não para pedir auxílio de quem quer que seja para determinado processo”. De acordo com a nota, o tema “era de interesse nacional, já que versava sobre investigações ilícitas e direcionadas por parte de membros da Receita Federal em prejuízo de direitos básicos da cidadania”.
“No caso concreto, o que se constatou foi a mobilização de órgãos públicos, que deveriam estar a serviço dos cidadãos, para atingir o presidente e seus familiares gratuita e infundadamente, para a satisfação de interesses particulares e inconfessáveis.”
Com informações do Valor Econômico