
O prefeito de Recife, João Campos (PSB), anunciou um pacote de medidas para o fortalecimento da gestão na educação.
Na última terça-feira (3), no Teatro do Parque, o socialista apresentou o EducaRecife Gestão — uma grande reforma com base em quatro medidas importantes: reestruturação das Gerências Regionais de Educação,mais valorização para as equipes gestoras das creches e escolas e novas funções, formação continuada para gestores e bônus de desempenho educacional.
João destacou a importância estruturadora da iniciativa.
“A gente sabe que na educação, e para uma rede de educação, são vários eixos necessários. Agora a gente faz a gestão, que é responsável por fazer a interligação de todas as outras áreas. Então, são vários módulos, desde de um novo BDE, onde a gente vai bonificar em até R$ 20 milhões por ano todos os trabalhadores da rede, para aqueles que atingirem os resultados pactuados de obtenção das metas e de aprendizagem”, comentou o prefeito.
“A gente vai também reestruturar as regionais da educação. Nós vamos fazer a revisão de todas as remunerações de gestores, coordenadores, acrescentando essas funções também paras as creches do Recife que passam a ter uma estrutura de gestão mais robusta, tendo em vista que a gente quer não apenas ampliar o número de vagas em creche, mas ampliar com qualidade”, acrescentou.
Essenciais para o bom funcionamento das unidades de ensino, as equipes gestoras das escolas e creches também serão contempladas com as estratégias do EducaRecife Gestão.
Governos socialistas e o foco na educação
Durante o encontro anual do movimento Todos pela Educação, realizado na última semana, em São Paulo, os governadores do Espírito Santo e Pernambuco, Renato Casagrande (PSB) e Paulo Câmara (PSB) falaram, no painel “O Brasil tem o que aprender com o Brasil”, como seus estados alcançaram ensino de excelência e passaram a ser exemplo para as demais unidades da federação.
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Ambos os estados têm as melhores notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do país e a escola integral é a maior responsável por esse êxito.
No Espírito Santo, o governo Casagrande ampliou o número de escolas integrais de ensino médio de 32 para 132, alcançando 76 do total de 78 municípios capixabas em três anos. No ano passado, o socialista anunciou a implementação de um programa inédito para fomentar a modalidade nas escolas municipais, responsáveis pelo ensino fundamental: o repasse de R$ 3 mil por estudante no período de três anos aos municípios.
Em Pernambuco, o projeto-piloto da escola integral foi lançado em 2004 pelo então governador Eduardo Campos. Em 2006, o estado saiu das últimas posições do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), atingindo o 1º lugar em 2015, na gestão de Paulo Câmara e, desde então, tem-se mantido entre as primeiras posições.
No Estado de Miguel Arraes, os índices de abandono e de desigualdade de aprendizagem também caíram. Outro aspecto que explica o bom desempenho pernambucano é a acentuada expansão da carga horária das disciplinas de português e, principalmente, matemática, que foram de 20% a 50%, respectivamente.
O desempenho dos alunos que passaram para o ensino superior também melhorou.