
O Exército de Israel anunciou que tropas terrestres, em conjunto com missões aéreas, deram início a ataques contra a Faixa de Gaza. A operação foi anunciada pelos militares no Twitter. Hostilidades entre Israel e Palestina completam o quinto dia nesta sexta-feira (14), em um dos mais violentos combates observados em anos.
O total de mortes em Gaza, que é efetivamente controlada pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas, teria aumentado para 103, incluindo crianças. Ataques diários de foguetes por parte do Hamas contra a maior cidade israelense, Tel Aviv, e em outras partes do país, causaram a morte de sete pessoas.
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A imprensa israelense afirma que o Ministério da Defesa do país autorizou os militares a convocarem um total de 16 mil tropas reservistas.
Ataques em pleno Ramadã
Os muçulmanos celebraram nos últimos 30 dias o Ramadã, mês em que realizam jejum da alvorada ao pôr-do-sol e orações. No entanto, este período de religiosidade foi encerrado com uma onda de ataques israelenses aos palestinos.
A região de Jerusalém Oriental vem sendo palco de uma repressão de forças de Israel contra os palestinos há alguns dias. No começo da semana, a polícia lançou balas de borracha e granadas de choque contra a mesquita de Al-Aqsa.
A ala militar do Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza, lançou novos foguetes em direção a Israel nesta quarta-feira (12). A ação vem como resposta a bombardeios israelenses que destruíram outros três edifícios em Gaza, informação confirmada pela emissora Al Jazeera e pela revista Forbes. Na terça-feira (11), um prédio residencial de 13 andares já havia sido derrubado por ataques de Israel.
A versão dos militares é de que o Hamas utilizava o local para guardar “infraestrutura usada em comunicação militar”. “Nós alertamos civis no prédio e fornecemos tempo suficiente para que eles evacuassem”, alegou o Exército de Israel.
Segundo a Al Jazeera, os bombardeios israelenses continuaram a ocorrer durante toda a tarde de quarta. Na cidade de Tel al-Hawa, uma mulher grávida foi morta durante um desses ataques.
Coronavírus e ataques colapsam hospitais
Há apenas algumas semanas, o frágil sistema de saúde da Faixa de Gaza estava lutando com um aumento descontrolado de casos de coronavírus. As autoridades esvaziaram as salas de cirurgia do hospital, suspenderam os atendimentos não essenciais e redirecionaram os médicos para os pacientes com dificuldade para respirar.
A violência desta semana entre Israel e o Hamas em Gaza já matou 119 palestinos, incluindo 31 crianças e 19 mulheres, e feriu 830 pessoas no pobre território palestino entre Israel, Egito e o Mar Mediterrâneo. Ataques aéreos israelenses atingiram apartamentos, explodiram carros e derrubaram edifícios.
Com informações da Agência Brasil, Opera Mundi e G1