Em depoimento ao MP-RJ, o senador diz desconhecer depósito de Queiroz para sua esposa, Fernanda Bolsonaro

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) afirmou desconhecer que ele ou sua esposa, Fernanda Bolsonaro, tenham recebido depósitos do seu ex-assessor Fabrício Queiroz. Segundo o Estadão, depoimento ao Ministério Público do Rio (MP-RJ) entra em conflito com as investigações.
Ao pedir a prisão preventiva de Queiroz, em junho, o Ministério Público apontou o ex-assessor quitava boletos bancários da família de Flávio, como plano de saúde e mensalidades escolares de filhas do casal. Ao todo, Queiroz usou R$ 162 mil, em dinheiro vivo.
Além desses pagamentos, os promotores também descobriram um depósito de R$ 25 mil de Queiroz para Fernanda. O senador, porém, sustentou a negativa em trechos do depoimento revelados pelo jornal O Globo.
“Não sei a origem do dinheiro. Mas dá uma checada direitinho que eu tenho quase certeza que não deve ter nada a ver com Queiroz. Queiroz nunca depositou dinheiro na conta da minha esposa, pelo que eu saiba”, disse.
A investigação também revelou que Flávio Bolsonaro pagou R$ 86,7 mil, em espécie, na compra de 12 salas comerciais em 2008. Segundo ele, o dinheiro havia sido emprestado pelo pai, o presidente Jair Bolsonaro, e por um irmão.
Relação com Adriano Nóbrega
Conhecido como Capitão Adriano, o miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega se beneficiava do esquema de desvios de recursos da Alerj por meio da mãe e da ex-mulher, segundo o MP. As duas foram funcionárias do gabinete de Flávio.
Segundo Flávio, foi Queiroz, ex-colega de Adriano no batalhão da PM de Jacarepaguá, que os apresentou. “Sempre fui um parlamentar que gostei de conhecer os policiais que iam para o combate, do dia a dia da rua, para o trabalho mais arriscado”, disse o parlamentar no depoimento.
Flávio exonerou familiares do ex-policial de seu gabinete em dezembro de 2018, após a mídia revelar a existência das movimentações atípicas na conta de Queiroz.
Com informações do Estadão