
O governo do Reino Unido informou que identificou 21 casos de uma nova cepa do coronavírus na Inglaterra na última quinta-feira (11). A variante Bristol, como ficou conhecida, teria passado por uma mutação que a tornou com “potencial” de reinfectar inclusive pessoas vacinadas contra a Covid-19.
Foram encontrados 14 casos em Bristol, no Sudoeste do país, quatro em Manchester e três espalhados pelo resto do Reino Unido.
A chefe do programa de vigilância genética do país, Sharon Peacock, afirmou que a variante pode não responder à ação dos anticorpos gerados por pessoas recuperadas da Covid-19 ou que foram vacinadas contra a doença.
A variante de Bristol é resultado de uma mutação secundária da cepa B.1.1.7, tipo dominante no Reino Unido, encontrada pela primeira vez em setembro de 2020 na cidade inglesa de Kent. De acordo com o serviço público de saúde local, a variante de Bristol tem a mesma mutação identificada nas do Brasil e da África do Sul.
Variante pode “varrer o mundo”
Sharon também disse, durante uma entrevista à BBC, que a variante do coronavírus encontrada pela primeira vez na região britânica de Kent deve “varrer o mundo“. Primeiro detectada em setembro de 2020 na Inglaterra, a mutação — considerada mais contagiosa —, já foi identificada em mais de 50 países.
Para Peacock, a variante “varreu o país” e “vai varrer o mundo, com toda a probabilidade”. Em sua visão, seu trabalho de sequenciamento de variantes do novo coronavírus pode ser necessário por pelo menos 10 anos, até que seja possível controlar o vírus.
“Assim que controlarmos [o vírus] ou ele sofrer mutação para deixar de ser virulento – causando doenças – podemos parar de nos preocupar com isso. Mas acho que, olhando para o futuro, faremos isso por anos. Ainda faremos isso daqui a 10 anos, na minha opinião”, completou.
Com informações da CNN