
Enquanto o Brasil sofre com a inflação, a expectativa de uma recessão na Europa por conta da possibilidade de uma crise energética gerada com a guerra na Ucrânia fez com que o euro se desvalorizasse e chegasse pela primeira vez ao valor do dólar, nesta terça-feira (12), desde 2002, quando começou a circular a moeda europeia.
Enquanto a União Europeia teme o desabastecimento de energia – o gasoduto russo Nord Stream 1, que leva gás para a Alemanha, está em manutenção e existe o temor de que permaneça assim por mais tempo por conta da guerra – há a expectativa de que o Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, aumente as taxas de juros.
O resultado foi que investidores chegaram a negociar um dólar por um euro nesta terça, fazendo com que a moeda caísse a uma paridade inédita.
“Não parece haver muito apoio ao euro neste momento. Não se refere apenas aos preços do gás, mas ao que parece ser uma divisão dentro do BCE sobre até que ponto eles devem aumentar as taxas”, disse à Reuters Sarah Hewin, economista sênior do Standard Chartered, cita o g1.
No Brasil, a situação também segue complicada. A péssima política econômica de Jair Bolsonaro (PL) somada ao cenário internacional fez com a inflação siga entre as maiores do mundo e bem acima da média das grandes economias do mundo.
É o que mostrou o relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na última terça-feira (5).
No G20, grupo dos países mais ricos do mundo, o Brasil está atrás somente da Turquia, Argentina e Rússia.
Em média, no G20, a inflação em 12 meses atingiu 8,8% em maio, contra 8,5% em abril. No grupo dos países do G7, a taxa cresceu de 7,1% para 7,5% no mesmo período.
Enquanto isso, no Brasil a inflação no acumulado de 12 meses atingiu 11,7%, apesar de ter desacelerado em maio.
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Para tentar se proteger
Com recordes negativos a cada mês, é importante tentar ao máximo se proteger dos efeitos da inflação.
Para começar, o básico é não gastar além do que se tem e tentar controlar as despesas e determinar previamente quanto do orçamento será comprometido com cada categoria, como por exemplo, alimentação, transporte, moradia.
A partir daí, é possível dividir o valor por semanas e, com isso, saber quanto se pode gastar no período.
Evitar comer fora de casa, quando possível, e aproveitar os dias de promoção dos supermercados também fazem a diferença no orçamento. Assim como ficar atento até nas disposições dos produtos nos supermercados.
Geralmente, as marcas mais conhecidas e, comumente, mais caras, ficam justamente na altura dos nossos olhos. Nas prateleiras do alto e nas mais baixas é possível encontrar produtos semelhantes por preços melhores.
Com informações do Metrópoles