
A Índia autorizou o envio ao Brasil de dois milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca, sob produção do instituto indiano Serum, para esta sexta-feira (22).
“O fornecimento das quantidades comercialmente contratadas começará a partir de amanhã (sexta), iniciando por Brasil e Marrocos, seguidos de África do Sul e Arábia Saudita”, afirmou à agência Reuters o secretário das Relações Exteriores, Harsh Vardhan Shringla.
Depois de atrasar o uso dos imunizantes, o presidente Jair Bolsonaro comemorou a notícia pelas redes sociais. Ele é considerado o principal responsável pelos entraves diplomáticos que adiaram a entrega das imunizações.
– NOVA DÉLHI, 21 Jan/Reuters/por Sanjeev Miglani – O governo da Índia liberou as exportações de vacinas contra a Covid-19, e as primeiras remessas serão enviadas nessa sexta-feira para o Brasil e Marrocos, disse o secretário de Relações Exteriores da Índia. pic.twitter.com/LEoVphbwuj
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 21, 2021
Nas redes sociais, parlamentares também celebraram a notícia.
Deputado do PSB-PR, Aliel Machado destacou que o país “finalmente” recebia “uma notícia positiva”. “Com a autorização do governo indiano, 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca serão destinadas ao Brasil. Aguardamos celeridade também na chegada dos insumos para a fabricação através da Fiocruz e Butantan”, escreveu nas redes sociais.
O governador da Paraíba, João Azevêdo Lins (PSB) também usou as redes sociais para compartilhar a boa informação. “Esse é mais um passo importante para garantir a continuidade do Plano Nacional de Imunização”.
Chegada no Brasil
Em nota, o Ministério da Saúde confirmou a chegada dos imunizantes. “A carga vinda da Índia será transportada em voo comercial da companhia Emirates ao aeroporto de Guarulhos (SP) e, após os trâmites alfandegários, seguirá em aeronave da Azul para o aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro”.
Segundo a CNN Brasil, o avião brasileiro que trará as doses chegará em Mumbai por volta das 2h de sexta-feira. Às 4h05, ele deve decolar rumo ao Brasil.
A decisão foi oficializada no dia em que um incêndio atingiu o Instituto Serum, o maior fabricante mundial de vacinas. A produção de imunizantes contra a Covid-19, porém, não foi impactada.
“A instalação de produção de vacinas não foi afetada e isso não afetará a produção”, declarou uma fonte do Serum à AFP, acrescentando que “o fogo começou em uma nova fábrica em construção”.
Com informações da Carta Capital