O general Augusto Heleno ainda afirmou que não passa pela cabeça do presidente a ideia de “intervenção militar”

Seis dias depois de publicar nota em tom de ameaça ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, mudou sua postura. Em entrevista na porta do Palácio da Alvorada na quinta-feira (28), Heleno amenizou sua fala.
Na conversa com os jornalistas, o general disse que nota era “genérica”, “neutra” e que não citou o nome, embora se referisse à medida adotada pelo ministro Celso de Mello, do STF de encaminhar a solicitação de recolhimento do celular de Bolsonaro à Procuradoria-Geral da República (PGR).
O ministro ainda afirmou que não passa pela cabeça do presidente ou de ministros qualquer ideia de tentativa de “intervenção militar”. Negando assim que haja algum espaço nas Forças Armadas para os flertes antidemocráticos como os de Eduardo Bolsonaro, filho do presidente.
Reiterando a fala do general Heleno, o vice-presidente Hamilton Mourão, que também é general, disse ao Estadão que “não existe” possibilidade de ameaça às instituições, que isso está “fora de cogitação”.