
O Guia Sandbox para Cidades Inteligentes é um passo a passo de como modernizar as cidades e se propõe a orientar prefeitos e gestores sobre como introduzir tecnologias de forma segura e com economia de recursos. A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial lança, nesta semana, um manual de aplicação, em municípios, de políticas públicas voltadas à adoção de tecnologias e soluções inovadoras.
O manual é uma iniciativa da ABDI e do Parque Tecnológico Itaipu, tendo como referência o programa Vila A Inteligente, o primeiro bairro experimental do Brasil, em Foz do Iguaçu (PR). Por meio de decreto municipal, o local tornou-se um espaço urbano de experimentação e validação de tecnologias (iniciativa chamada de ‘sandbox’).
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Em ambiente real e com a participação dos moradores, são testadas soluções como semáforos, luminárias e pontos de ônibus inteligentes, todos interligados a um centro de controle e operações.
Guia Sandbox para Cidades Inteligentes
O documento, inspirado no primeiro bairro público experimental do Brasil, foi lançado ontem, 02 de setembro, na 7ª edição do Connected Smart Cities & Mobility, em São Paulo, durante painel de debates sobre tecnologias. O “Guia Sandbox para Cidades Inteligentes” é resultado de uma parceria entre o Parque Tecnológico Itaipu (PTI-BR), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e Spin – Soluções Públicas Inteligentes.
Durante o evento, o diretor superintendente do PTI, general Eduardo Garrido, mencionou a trajetória percorrida pelo Parque até chegar ao funcionamento do Sandbox.
“Todas as ações estão interligadas e gosto de pensar que são um organismo vivo”, comenta Garrido, “nós desenvolvemos o Living Lab, os projetos VemDF e VemPR, o Fronteiratech, até chegarmos ao Vila A Inteligente integrando todo o corpo, e hoje estamos oficialmente lançando um dos resultados de todos os esforços feitos pela ABDI e PTI”.
Eduardo Garrido
Garrido comentou ainda sobre a economia iguaçuense estar se abrindo para uma nova frente: a do empreendedorismo. “Convidamos a todos para conhecer Foz, o Vila A e o PTI”, disse.
O diretor do PTI conta que o Guia vem para apoiar gestores brasileiros para que entendam o que é, por quê existe e como funciona a aplicação do Sandbox, contando com exemplos nacionais e internacionais com cases bem sucedidos, o decreto na íntegra, passo a passo de aplicação, e por quais leis os municípios estão amparados.
“Este guia traz para o Poder Público e para o ambiente de inovação o caminho mais seguro para a modernização das cidades, com explicações sobre adoção de tecnologias de forma segura e com economia de recursos”, explica o presidente da ABDI, Igor Calvet. O manual visa aplicação em municípios, de políticas públicas voltadas à adoção de tecnologias e soluções inovadoras.
O guia é uma iniciativa da ABDI e do Parque Tecnológico Itaipu, e tem como referência o Programa Vila A Inteligente, o primeiro bairro Sandbox do Brasil, uma parceria entre a ABDI, PTI, Itaipu Binacional, Prefeitura de Foz do Iguaçu (PR), com apoio da Copel e Inmetro. O Vila A é um bairro da cidade de Foz que, por meio de decreto municipal, tornou-se um espaço urbano de experimentação e validação de tecnologias. Um ambiente real e com a participação dos moradores, onde são testadas soluções como semáforos inteligentes, luminárias inteligentes e pontos de ônibus inteligentes, todos interligados a um Centro de Controle e Operações (CCO).
Durante o lançamento, o gerente de novos negócios da ABDI, Tiago Faierstein explicou que “por vezes, ao implantar uma tecnologia, como por exemplo, câmeras de reconhecimento facial, a população entende que estará sendo monitorada negativamente, quando na verdade o que acontece é o contrário”, complementa Tiago dizendo que por este motivo é importante que a população participe e entenda o processo de implementação das tecnologias. “Um ambiente Sandbox é para que o município tente e erre sem medo”.
O Guia Sandbox para Cidades Inteligentes oferece informações sobre as etapas para a implantação do ambiente urbano real de testes de tecnologias, com os instrumentos legais necessários à implementação. “Esperamos que as informações deste guia contribuam para que os municípios adotem tecnologias em benefício do maior desenvolvimento urbano, econômico e social”, completou Calvet, que finalizou salientando o papel expansivo que o PTI vem conquistando “Considero que a abrangência do Parque Tecnológico Itaipu atualmente vai muito além do Oeste do Paraná”.
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Autorreforma e as cidades inteligentes
O eixo temático IV do livro 5 da Autorreforma prevê políticas sociais e cidades criativas no Brasil. Segundo as teses, as Políticas Sociais são destinadas a garantir o acesso universal e a permanência da população em serviços providos pelo Estado, visando ao bem-estar, à dignidade e à coesão social, provendo os bens e serviços necessários à garantia de vida plena e digna de todos os cidadãos. Segundo os socialistas, a revolução brasileira do século XXI precisa corresponder ao desenvolvimento dos direitos já conquistados e de novos para o povo brasileiro.
“O direito à cidade precisa ser traduzido em planejamento que conduza a uma reforma urbana criativa, sustentável e igualitária, na era do conhecimento. Nesse sentido, é atualíssima a definição de Celso Furtado para quem “o desenvolvimento é a capacidade de criar soluções originais para os problemas de uma sociedade”
Autorreforma PSB
Os socialistas defendem que, no Brasil, o primeiro desafio de uma cidade criativa é enfrentar a brutal desigualdade social. Assim, uma cidade criativa não é necessariamente aquela onde predominam as atividades da Economia Criativa, mas a que é capaz de buscar, através da inovação, da criatividade e do talento, as soluções para sua prosperidade econômica, a sua coesão social e o bem-estar dos seus cidadãos.
Com informações do estadão e PTI