
O Ministro da Economia, Paulo Guedes, recebeu aceno positivo do presidente Jair Bolsonaro para defender um novo imposto, semelhante à antiga CPMF – Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras.
Segundo a Folha, o presidente disse que o ministro pode voltar a testar o apoio ao tributo, uma ‘nova CPMF’, em eventuais tratativas junto a deputados e senadores.
“O que eu falei com o Paulo Guedes, você fala CPMF, né, pode ser o imposto que você quiser, tem que ver por outro lado o que vai deixar de existir. Se vai diminuir a tabela do Imposto de Renda, o percentual, ou aumentar a isenção, ou desonerar a folha de pagamentos, se vai também acabar com o IPI”, disse Bolsonaro no domingo (2).
Contudo, Bolsonaro demonstrou reconhecer resistências no legislativo à criação do novo imposto, admitindo que a imagem do governo pode ser desgastada caso a tributação passe.
O aceno do presidente é lido pela cúpula militar, que o apoia no assunto, como um último teste para provar que a medida não tem respaldo político.
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Em 2019, Guedes colocou o tributo na geladeira, depois que o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, foi derrubado em meio aos debates sobre o novo imposto.
Recentemente, ao retomar o tema, ele reforçou o argumento de que ele não se trata de uma CPMF. Guedes passou a chamar o tributo de digital, pois, de acordo com ele, incide sobre o crescimento do ecommerce no país.
O imposto pretendido pela equipe econômica teria alíquota de 0,2% e incidiria sobretudo sobre o comércio eletrônico.
Até traficantes de drogas e políticos corruptos seriam tributados nos planos da equipe econômica. Isso aconteceria ao realizarem transações online, um pagamento, uma compra eletrônica e até pagar a fatura de serviços de streaming.
Com informações da Folha