
O ministro da Economia, Paulo Guedes, saiu em defesa de Jair Bolsonaro (sem partido) e criticou os pedidos de impeachment que vêm se multiplicando contra seu chefe. Ao lado do mandatário, em evento do Credit Suisse, ele afirmou que o movimento que pede o afastamento do presidente é uma “sabotagem” à democracia brasileira.
“Isso é uma tentativa de descredenciamento, uma sabotagem à democracia brasileira. O presidente foi eleito com 60 milhões de votos, voto popular. Todo dia, desde o início, todo dia tem conversa. Quando um cara ganha, deixa o cara governar”, afirmou.
Com o requerimento articulado por um grupo de religiosos de diversas denominações, Bolsonaro já acumula 64 pedidos de impeachment. Nesta quarta-feira (27), o PSB e outros partidos integrantes da Minoria na Câmara ainda apresentarão um novo pedido.
Crítica camuflada a Maia
Sem citar o nome do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Guedes também criticou quem “se diz democrata”, mas “acha que democracia é eleger quatro vezes seguida o presidente da Câmara”.
“Tem um pessoal que não sabe perder eleição, se diz democrata, mas não sabe perder a eleição. Acha que a democracia depende de eleger a mesma pessoa quatro vezes para presidente da Câmara. Isso é um descredenciamento da democracia brasileira”, disse.
Ainda sobre Maia, Guedes disse que a Casa está sendo comandada por o que considera uma aliança de “centro-esquerda”. O governo tenta eleger o deputado Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Casa para conseguir aprovar pautas que agradam ala mais ideológicas.
“Não é razoável, era uma disfuncionalidade do nosso regime político, que o presidente e seus aliados, que têm maioria no Congresso, tenham a pauta controlada por uma aliança de centro-esquerda. O atual presidente da Câmara fez uma aliança política de centro-esquerda”, disse Guedes.
Ataque de Guedes a Biden
Em transmissão ao vivo para investidores internacionais, o ministro aproveitou para criticar o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Para Guedes, o grupo político de Biden “maltratou” o ex-presidente Donald Trump.
“Na maior democracia do mundo os caras estão lá e não sabem até agora se a coisa vai funcionar bem ou mal. Porque um presidente foi eleito e foi tão maltratado durante quatro anos que agora quem votou nele vai maltratar o outro que está chegando também. Agora estão lá “vamos unificar”. Unificar como? Vocês investiram na separação e no ódio por quatro anos. Quem semeia vento colhe tempestade”, disse.
Com informações do jornal O Globo e UOL