No entanto, o ministro defende que o valor de R$ 600 do auxílio emergencial seja cortado para R$ 200

O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu a possibilidade de estender a concessão do auxílio emergencial, voltado principalmente a trabalhadores informais, por um ou dois meses, mas no valor de R$ 200.
Criado para mitigar os efeitos da paralisação da atividade por causa do coronavírus, o auxílio emergencial, no momento, só será concedido até junho. Com a prorrogação por dois meses, permaneceria até agosto.
O discurso pela prorrogação representa uma mudança de posição da equipe econômica, após pressão do Congresso. Porém, Guedes afirmou em reunião com empresários, nessa terça (19), que a redução fundamental devido as limitações das contas públicas.
“O que a sociedade prefere, um mês de R$ 600 ou três de R$ 200? É esse tipo de conta que estamos fazendo. É possível que aconteça uma extensão. Mas será que temos dinheiro para uma extensão a R$ 600? Acho que não.”
Para Guedes, o benefício não poderia ser maior que R$ 200 porque esse é o valor pago aos beneficiários do Bolsa Família, que de forma geral são mais vulneráveis que trabalhadores informais.
O titular da Economia afirmou que estender o auxílio pode, segundo ele, haver risco de as pessoas não trabalharem mais e faltarem produtos nas prateleiras.
“Se falarmos que vai ter mais três meses, mais três meses, mais três meses, aí ninguém trabalha. Ninguém sai de casa, e o isolamento vai ser de oito anos porque a vida está boa, está tudo tranquilo. E aí vamos morrer de fome do outro lado. É o meu pavor, a prateleira vazia”, disse.
Com informações da Folha de S. Paulo.