
Nesta quarta-feira (16), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), decretou a criação de novas Unidades de Conservação para preservar mais de 80 mil hectares de áreas ricas em nascentes, olhos d’água, rios e riachos na região da bacia hidrográfica do Rio Capibaribe.
São três novas Unidades de Conservação estaduais (UCs): as de Cabeceiras do Rio Capibaribe e Mata do Bitury, categorizadas como Refúgios de Vida Silvestre, de proteção integral; e a de Serras e Brejos do Capibaribe, classificada como Área de Proteção Ambiental (APA), de uso sustentável.
Assim, passa para 89 o número de unidades desse tipo no estado.
“A gente tem um planejamento, um diagnóstico, e busca as oportunidades de avançar cada vez mais no desenvolvimento sustentável, que também chegue mais perto do social. Vamos dotar cada vez mais o Estado de condições para a preservação das nossas bacias, rios, meio ambiente. Isso é fundamental para o desenvolvimento e para a garantia de um Estado que a gente quer para as futuras gerações”, afirmou Paulo Câmara.
Produção de água
De acordo com o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Bertotti, a criação das unidades de conservação se relaciona diretamente com a produção de água. “Em um tempo de emergência climática, Pernambuco procura dar a sua contribuição.” O refúgio Cabeceiras do Rio Capibaribe contempla uma área de 6,9 mil hectares, entre os municípios de Jataúba e Poção.
A unidade compreende remanescentes contínuos e bem preservados de Brejos de Altitude e Caatinga, com extrema importância biológica por abrigar as espécies nativas e ameaçadas, entre elas 282 espécies florestais. Com uma área de 73,7 mil hectares, a APA Serras e Brejos do Capibaribe abrange parte dos municípios de Brejo da Madre de Deus, Taquaritinga do Norte, Belo Jardim e Vertentes. Seu objetivo é ordenar a ocupação do solo e promover o uso sustentável dos recursos naturais.
O Refúgio de Vida Silvestre Mata do Bitury está inserido neste território. Trata-se de uma área com 888,25 hectares de proteção integral, com regras e normas mais restritivas, sendo admitido apenas o uso indireto dos recursos naturais. A região possui o mais extenso e preservado trecho dos remanescentes de mata úmida de altitude do interior da bacia do Capibaribe, com cobertura vegetal nunca suprimida.
Com informações da Folha de Pernambuco