
No maior reajuste já registrado desde o ano 2000, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou nesta quinta-feira (26) o reajuste de 15,5% dos planos de saúde individuais e familiares para o período de maio de 2022 a abril de 2023.
O percentual definido é o máximo que poderá ser aplicado em cima das mensalidades reduzidas pelo índice de 2021.
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De acordo com a ANS, o reajuste será aplicado a cerca de 8 milhões de beneficiários, que tiveram planos contratados a partir de 1999 ou adaptados à Lei 9.656/98.
O número representa 16,3% dos 49,1 milhões de consumidores de planos de assistência médica no Brasil.
A Agência informou que o reajuste foi avaliado pelo Ministério da Economia e aprovado pela Diretoria Colegiada na tarde desta quinta.
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A decisão será publicada no Diário Oficial da União e o reajuste poderá ser aplicado por cada operadora a partir da data de aniversário do contrato.
Entenda o cálculo da ANS
A Agência explicou que para chegar ao percentual de 15,5% utilizou a metodologia de cálculo que vem sendo aplicada desde 2019.
Trata-se de uma combinação da variação as despesas assistenciais com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) descontado o subitem Plano de Saúde.
“O cálculo é baseado na diferença das despesas assistenciais por beneficiário dos planos de saúde individuais de um ano para o outro. Dessa forma, o índice de 2022 resulta da variação das despesas assistenciais ocorridas em 2021 em comparação com as despesas assistenciais de 2020”, explicou a ANS.
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Em 2021, a Agência anunciou, pela primeira vez um percentual de reajuste negativo (-8,19%), o que resultou na redução das mensalidades no período de maio de 2021 a abril de 2022.
Isso levou a uma queda de 17% no total de procedimentos (consultas, exames, terapias e cirurgias) realizados em 2020, em relação a 201.
Em 2021, com a retomada gradativa da utilização dos planos de saúde pelos beneficiários após as restrições da pandemia da Covid-19, as despesas assistenciais apresentaram crescimento, alegou a ANS.
As informações sobre as despesas assistenciais do setor estão disponíveis no Prisma Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar, publicação em formato de painel dinâmico atualizada trimestralmente pela ANS.
