
Em entrevista à Fórum na tarde desta quinta-feira (21), a presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que a aliança de seu partido com o PSB é central e negou que exista uma crise com o deputado federal Marcelo Freixo, pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro.
Na quarta-feira (20), o PSB oficializou a candidatura de Alessandro Molon ao Senado na chapa de Freixo, contrariando o acordo do partido com o PT de lançar o presidente da Assembleia Legislativa do estado (Alerj), André Ceciliano, à vaga.
A decisão do PSB gerou mal estar entre petistas e foi ventilada a possibilidade da aliança no Rio de Janeiro ser abalada. Gleisi, no entanto, disse à Fórum que a Executiva Nacional do PT liberou 21 estados para fazerem suas convenção regionais. Sete que ainda estão com negociações em andamento não foram liberados. O Rio é um dos sete, ao lado do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Acre, Rondônia e Rio Grande do Sul.
“O tema será tratado em reunião da executiva na próxima semana, provavelmente na quarta-feira”, garantiu a dirigente, negando que exista crise entre seu partido e Marcelo Freixo.
Aliança PT/PSB é fundamental para a democracia
Em abril, Gleisi Hoffmann afirmou que a indicação de Geraldo Alckmin a vice-presidência da chapa com Lula é a continuação de uma aliança realizada nos últimos anos com o PSB. Afirmação foi feita durante entrevista concedida ao Jornal PT Brasil, via Youtube.
Ela afirmou que a prioridade agora é retomar a “economia popular” e o crescimento econômico. Para tanto, é necessária a união de esforços da esquerda porque a fome, a insegurança alimentar e o desemprego voltou a desestabilizar a vida dos brasileiros.
“As pessoas não têm dinheiro suficiente para comprar comida. Dados recentes mostram que 19 milhões de pessoas já passam fome no País. Então, esse é o momento de tirar o Brasil da crise e o presidente Lula já demonstrou que tem condições de comandar e coordenar esse movimento para tirar o Brasil da crise.”
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De acordo com Gleisi, apesar das diferenças existentes entre as duas legendas sempre houve respeito ao jogo democrático e neste momento há uma construção para livrar o Brasil do governo de Jair Bolsonaro (PL). “A aliança com o PSB é importante e a aliança deve seguir porque há objetivos em comum que estão sobrepostos às diferenças.
“Isso mostra a articulação entre os dois partidos e a necessidade de construirmos uma frente ampla de combate ao bolsonarismo e aos ataques a democracia. Tem gente que pergunta porque agora o Alckmin sendo que ele e Lula já foram adversários no passado. Eu respondo: adversários sim, inimigos nunca. As disputas sempre foram travadas nonos marcos da democracia”, finalizou.
A presidente do Partido dos Trabalhadores afirmou que amanhã (13) haverá uma reunião do diretório nacional do PT para discutir a indicação de Alckmin a vice na candidatura de Lula. Outros partidos aliados também serão consultados sobre a indicação.