por: Michelle Portela Postado em: 01/10/2021 - 12:42 Atualizado em: 01/10/2021 - 12:42
O general da reserva Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo do Planalto, afirmou à imprensa que pretende participar da corrida eleitoral de 2022 concorrendo ao legislativo para atrapalhar os planos do atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido), que disputa a reeleição.
As Forças Armadas sempre foram apoiadoras de Bolsonaro e uma candidatura genuinamente militar pode arrastar parte dos votos que o presidente ainda tem, especialmente, Santos Cruz optar por um partido da Oposição ao governo Bolsonaro.
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Diante da pandemia de covid-19 e da deterioração de indicadores econômicos, Bolsonaro tem a 2ª menor taxa de popularidade entre os presidentes pós-redemocratização ao chegar ao milésimo dia de governo.
A pesquisa mais recente, do Inteligência em Pesquisa e Consultoria (IPEC), divulgada no dia 22 de setembro, mostra que 53% dos entrevistados consideram o governo Jair Bolsonaro “ruim” ou “péssimo”. Para 23%, a atual gestão é “regular”. São 22% os que aprovam o governo. O Ipec é administrado por executivos ligados ao antigo Ibope (que fechou as portas em janeiro de 2021).
Nesse cenário, Santos Cruz disse à coluna de Bela Megale, do jornal O Globo, que uma de suas maiores preocupações é evitar que o presidente Bolsonaro arraste “irresponsavelmente” as Forças Armadas para seu jogo político.
“Um dos meus objetivos é não deixar que o presidente arraste as Forças Armadas para ser uma ferramenta de uso político pessoal”.
Santos Cruz
O general afirmou ao jornal que tem vários convites, mas ainda não decidiu por qual partido vai sair e nem se disputará vaga a senador ou deputado. Santos Cruz citou ainda outros dois fatores que o motiva a enfrentar uma disputa eleitoral: alertar os eleitores sobre o perigo do fanatismo político e apoiar uma nova alternativa à polarização entre Bolsonaro e Lula.
“Para acabar com a polarização, a pessoa que vier tem que representar um projeto de país e não um projeto de show, como estamos assistindo”, explicou o militar que saiu do governo, enquanto outros permanecem integrando o governo. Bolsonaro segue fazendo uma série de acenos para sua base verde oliva, com vários militares de todas as patentes espalhados por ministérios e órgãos federais.
Com informações de O Globo
