
O deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) apresentou, na última terça-feira (29), informações que ligariam o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) pessoalmente a um esquema de ataques virtuais contra opositores e divulgação de notícias falsas, as chamadas “fake news”. A informação foi dita em depoimento à Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga os organizadores e financiadores dos atos antidemocráticos.
De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, Frota apresentou diversos números de IPs de computadores de Brasília e do Rio que teriam sido identificados como participantes das ações na internet. O parlamentar afirmou que o e-mail identificado na utilização dos IPs é o [email protected], o mesmo declarado por Eduardo no registro de sua candidatura em 2018.
“É possível afirmar que Eduardo Bolsonaro estava relacionado com a orientação, determinação e divulgação em razão da identificação do uso de computadores situados em Brasília e no Rio de Janeiro”, disse.
No depoimento à polícia, Frota também apontou envolvimento de outro filho do presidente Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), do Rio de Janeiro. As informações teriam sido obtidas na CPMI das Fake News, ainda em andamento no Congresso.
Em 10 de setembro, também em depoimento à polícia federal, Carlos negou o uso de robôs para promover publicações em redes sociais. “Jamais fui covarde ou canalha ao ponto de utilizar robôs e omitir essa informação”, disse na ocasião.
Ainda segundo o depoimento de Frota, o chamado “gabinete do ódio” funcionava no Palácio do Planalto, em local próximo à sala presidencial. Também participavam do grupo o assessor presidencial Tércio Arnaud e o atual assessor-chefe para assuntos internacionais Filipe Garcia Martins.
Com informações da Folha de S. Paulo
1 comentário