
Um evento global realizado em Paris nesta semana confirma que a gestão de Jair Bolsonaro e sua diplomacia passaram à condição de pária no palco internacional, afirma o colunista Jamil Chade ao UOL.
O Fórum da Paz de Paris reúne 50 chefes-de-estado e de governo, uma dezena de diretores e presidentes de organizações internacionais, empresários e os principais atores da cena mundial para debater formas de dar uma resposta coordenada à pandemia da Covid-19.
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Entre os convidados estão os presidentes da Argentina, Alberto Fernández, o colombiano Ivan Duque e o presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado Quesada. Xi Jinping, presidente da China, foi outro nome confirmado, além de Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente de Portugal.
Mesmo alguns dos principais aliados de Bolsonaro também estão presentes, como o primeiro-ministro nacionalista da Índia, Narendra Modi, e o presidente ultraconservador da Polônia, Andrzej Duda. Entretanto, membros do governo federal não irão comparecer.
Isso não quer dizer, porém, que os organizadores se esqueceram dos brasileiros. Diversos nomes da sociedade civil e pelo menos um diplomata estão no programa. Entre os nomes do setor privado estão Michael Bloomberg e Richard Branson.
Essa não é a primeira vez que Bolsonaro hesita em fazer parte de esforços globais. Mesmo a aliança global por vacinas, o Brasil apenas aderiu meses depois que o projeto tinha sido iniciado. Na ONU, debates sobre como conduzir uma resposta social e econômica tampouco contaram com a presença do governo federal em seu nível mais elevado.
Com informações do UOL