por redação Socialismo Criativo em 14/09/2018.

FOTO FEIRA DE SANTANA_Crédito Grupo Cultural Quixabeira da Matinha
Feira de Santana, o maior município do interior da Bahia, está dando o primeiro e importante passo para configuração de um planejamento estratégico voltado para a cultura e para a economia criativa: fazendo seu mapeamento cultural através de questionário disponibilizado on-line desde junho deste ano. Podem participar pessoas físicas ou jurídicas – da sede ou dos distritos –, que, através de suas respostas, fornecerão dados para análise do retrato das expressões de cultura que estarão no cerne de políticas públicas para as áreas de Cultura e Economia Criativa.

FOTO_FEIRA DE SANTANA_BANDO ANUNCIADOR 2_Crédito Prefeitura de Feira de Santana – Cau Preto
O trabalho está sendo desenvolvido através da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Feira de Santana em parceria com a socióloga Suany Dantas, pesquisadora cultural que elaborou o questionário. Há uma atenção do município para Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC), instituído através da Lei Federal 13.019/2014, que discorre sobre o regime jurídico entre organizações da sociedade civil (OSCs) e suas relações de parceria com entes do Estado. “Essa pesquisa é importante para sabermos que instituições são essas e quais delas estão com seus cadastros de acordo com o Marco Regulatório”, comenta o secretário de Cultura, Esporte e Lazer Edson Borges.

FOTO_FEIRA DE SANTANA_GRUPO DE CAPOEIRA_Crédito Feira de Santana – Valdenir Lima
De posse dos resultados dos primeiros 12 meses da pesquisa, a Prefeitura de Feira de Santana terá base para um Plano Municipal de Cultura que considere ações focadas no perfil atual das instituições locais além de poder desenvolver estratégias para orientação de artistas e entidades sobre o MROSC. O Marco Regulatório vai incidir, entre outras coisas, em editais de cultura. “A gente vai convidar as associações e os inscritos, de forma geral, para poder fazer uma pesquisa mais profunda, que auxilie nos projetos futuros da prefeitura”, diz Dantas, que inseriu os grupos culturais de Feira de Santana como corpus de sua pesquisa para dissertação de mestrado em Cultura e Sociedade na Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Atualmente, os dados que a Prefeitura dispõe não são suficientes, ainda, para se falar de números de instituições no município, mas já se sabe que os grupos culturais da região são de áreas variadas, seja teatro, dança ou música, como samba de roda. “Dessa pesquisa, é tudo muito embrionário ainda, mas temos propostas em que acreditamos para a área”, garante Borges. O questionário ficará disponível por tempo indeterminado para atualização do número de instituições, entretanto, o processo para levantamento de dados com foco em políticas públicas será até junho de 2019.