
Por unanimidade, a Rede aprovou a formação de uma federação partidária com o PSOL nas eleições de 2022. Inclusive, com os votos do senador Randolfe Rodrigues e das ex-senadoras Marina Silva e Heloísa Helena.
A estratégia da federação é escapar da cláusula de barreira. Com a união, a expectativa é que as siglas possam eleger mais de 20 deputados. O PSOL ainda deve aprovar a federação com a Rede na próxima semana.
Na estratégia de fortalecer a Rede, Marina Silva deve ser candidata a deputada federal por São Paulo e Heloísa Helena pelo Rio de Janeiro. Em Pernambuco, o deputado Túlio Gadêlha, que se elegeu pelo PDT, agora vai disputar pela Rede.
Segundo o senador Randolfe Rodrigues, a federação vai conseguir eleger um bom número de deputados federais em São Paulo e Rio de Janeiro. A expectativa é fazer bancadas em vários estados, entre eles, Rio de Grande do Sul, Amapá, Minas Gerais e Bahia.
A federação Rede-PSOL deve apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto, mas será dada licença para aqueles que quiserem apoiar Ciro Gomes, que deve ser o caso de Marina Silva.
‘Errou feio’
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) publicou em seu perfil oficial do Twitter, neste domingo (13), que a direção do partido “errou feio” ao comemorar a federação “com a Rede de Marina Silva”. Segundo o congressista, “não há o que celebrar”.
A fala de Glauber vem depois de a Rede Sustentabilidade aprovar a formação de uma federação partidária com o PSOL. A união permitirá que as duas siglas unam seus resultados para eleger mais deputados e para bater a cláusula de desempenho que regula o acesso ao Fundo Partidário.
Em seu perfil oficial do Twitter, o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, criticou a fala de Braga. “Com todo respeito ao deputado, ‘erra feio’ quem acredita que é hora de ressaltar diferenças ao invés de buscar a unidade. Felizmente, o congresso do PSOL decidiu o contrário: trabalharemos para unir as esquerdas em torno de um programa antineoliberal”, declarou.
Em outubro de 2021, Braga falou ao Poder360 sobre divergências com o Psol. Na ocasião, o deputado admitiu um racha na sigla sobre a disposição de um nome próprio do partido para a disputa presidencial, ou a defesa da unidade da esquerda.
“Existe uma diferença entre aqueles que já defendem antecipadamente uma pré candidatura própria e aqueles que estão fazendo um processo de avaliação do cenário para que essa decisão seja adotada na conferência eleitoral do partido no ano que vem. Agora, a minha tarefa como militante e como quem se colocou a posição para discutir esse programa é conversar com aqueles que estão internamente com posição divergente”.
Com informações do Poder 360 e G1