
Às vésperas da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, marcada para esta quarta-feira (20), as Forças Armadas americanas não descartam que possa haver ataques partindo de dentro da própria equipe de segurança.
Por isso, o FBI está analisando individualmente cada um dos 25 mil soldados da Guarda Nacional designados para fazer a segurança da cerimônia, em Washington, afirmou o secretário do Exército dos Estados Unidos, Ryan McCarthy. Até o momento, não há indicações ou ameaças específicas, mas os comandantes seguem em alerta.
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A cerimônia de juramento de Biden ocorrerá no Capitólio, invadido por apoiadores do atual presidente, Donald Trump, em 6 de janeiro, quando o Congresso realizava a sessão para certificar a vitória de Biden nas eleições presidenciais de novembro passado.
Simpatizantes de Trump na Guarda Nacional
Como medida de segurança para a cerimônia de quarta-feira, o Capitólio foi isolado e foram mobilizados pelo menos duas vezes e meia mais guardas nacionais do que em cerimônias de posse anteriores. Com um número tão grande de soldados envolvidos, não se descarta que haja entre eles simpatizantes dos extremistas que invadiram a sede do Congresso americano.
Entre os mais de 125 detidos após o ataque, que resultou na morte de cinco pessoas, estão vários militares da ativa e ex-militares – no entanto, não está claro quantos deles de fato participaram dos protestos em Washington e da invasão do Capitólio.
McCarthy e vários representantes da polícia, da Guarda Nacional, do Serviço Secreto e outras autoridades se reuniram neste domingo para planejar uma ação conjunta para o dia da posse. O objetivo é garantir uma troca de poder democrática e sem incidentes.
“Estamos analisando continuamente o processo e dando uma segunda, terceira olhada em cada um dos indivíduos designados para esta operação”, disse McCarthy.
Protestos isolados
Neste domingo, porém, protestos convocados por grupos extremistas foram registrados em apenas algumas cidades e foram muito menores do que o esperado.
“A questão é: esses são todos? Existem outros?”, disse McCarthy. “Precisamos estar cientes disso e colocar todos os mecanismos em funcionamento para examinar minuciosamente esses homens e mulheres que apoiariam qualquer operação como essa”, completou.
Quase todos os protestos deste domingo foram realizados pelo grupo extremista Boogaloo Bois, um movimento pró-armas e anti-governo com foco numa guerra civil. No entanto, eles reuniram poucas pessoas em cidades como Salem, no Oregon, e Lansing, no Michigan.
Com informações da Deutsche Welle Brasil