
Um relatório produzido pelo Facebook e obtido pelo MIT Technology Review revelou que as fábricas de fake news nas redes sociais começaram a trabalhar meses antes das eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos. O documento ainda mostra que quase metade de população estadunidense foi exposta à desinformação gerada por “fazendas de trolls” europeias criadas para disseminar informações falsas online.
Desde as eleições de 2016, o Facebook busca maneiras de reprimir a desinformação nas suas redes, mas de acordo com o estudo, seus próprios algoritmos ajudaram a espalhar o conteúdo enganoso. As “fazendas de trolls” teriam atingido cerca de 140 milhões de norte-americanos por mês na corrida para a eleição presidencial de 2020.
Mais de 15 mil páginas produzem desinformação
A empresa buscou uma estratégia de monitorar e anular atividades suspeitas assim que elas surgissem, para evitar “o pior do pior”. Porém, essa abordagem fez pouco para conter os grupos que trabalham de forma coordenada para postar conteúdo provocativo, muitas vezes propaganda, nas redes sociais. Mais de 15 mil páginas, boa parte criadas no Kosovo e na Macedônia, espalhavam o conteúdo enganoso para os usuários norte-americanos – 75% dos quais nunca haviam sequer seguido nenhuma das páginas.
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“Em vez de os usuários escolherem receber conteúdo desses atores, é nossa plataforma que está optando por dar [a essas “fazendas de trolls”] um alcance enorme”, escreveu o autor do relatório, Jeff Allen, um ex-cientista de dados de nível sênior do Facebook. Vários dos alvos dos criadores de notícias falsas eram comunidades cristãs, afro-americanas, nativas americanas e de mulheres.
Um porta-voz da empresa disse em comunicado que a rede social “já estava investigando esses tópicos” e que “desde então, levantamos equipes, desenvolvemos novas políticas e colaboramos com a indústria para lidar com essas redes. Tomamos medidas agressivas de aplicação da lei contra esses tipos de grupos não-autênticos, estrangeiros e domésticos, e compartilhamos os resultados publicamente trimestralmente”.
Autorreforma e as Fake News
Em sua proposta de Autorreforma do programa partidário, o PSB afirma que a sociedade em rede é uma estrutura social montada sobre redes de tecnologia de comunicação e informação, fundamentadas na microeletrônica e nas redes digitais de computadores.
Para os socialistas, a estrutura social de uma sociedade em rede resulta da interação entre o paradigma da nova tecnologia e a organização social no plano geral. As redes de comunicação digital são a coluna vertebral da sociedade em rede, tal como as redes de energia elétrica eram a infraestrutura sobre a qual a sociedade industrial foi erigida.
” Compreendendo a importância das novas formas de comunicação, somente possível em razão do fortalecimento das chamadas redes sociais, o PSB insiste na necessidade do seu uso responsável e ético. Processos democráticos não admitem a produção de notícias falsas, as fake news.”
Autorreforma PSB
Com informações do Olhar Digital e do MIT Technology Review/Business Insider