
A pandemia do novo coronavírus transformou máscaras de proteção em item raro e disputado. Está em curso um esforço coletivo e diverso para suprir a demanda pelo produto que tem sido incorporado ao dia a dia das pessoas.
Além de eficiente, a máscara de proteção é um equipamento simples, que não exige grande complexidade na produção e pode ser um grande aliado no combate à propagação do coronavírus no Brasil. Pode proteger você e outras pessoas ao seu redor.
Antes, porém, é preciso alertar que Equipamentos de Proteção Individual (EPI) hospitalar devem ficar restrito ao uso de profissionais de saúde. Afinal, é preciso proteger as pessoas que estão na linha de frente do enfrentamento à doença causada pela Covid-19. O Ministério da Saúde está realizando compras de fornecedores nacionais e internacionais, em grandes quantidades.
Já as máscaras de tecido são destinadas à população em geral. Há múltiplos esforços para produção desses itens.
De costureiras profissionais e amadoras, de forma voluntária ou como oportunidade de negócios para pequenos e médios empreendedores e também para médias e grandes confecções e para a indústria têxtil e de confecção em geral.
A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), por exemplo, tem reunido as iniciativas do setor na página eletrônica da entidade.
O Portal Ecoera, seguindo práticas que estão ocorrendo mundo afora, está fomentando a criação de uma rede de empresas, profissionais e pequenos empreendedores que possam colaborar entre si na produção de máscaras de tecido.
Faça a sua própria máscara
A confecção de máscaras caseiras tem se tornando um fenômeno mundial e qualquer cidadão pode fazer a sua em casa. O Ministério da Saúde acaba de lançar uma campanha digital para mobilizar brasileiros e brasileiras a fabricarem as próprias máscaras de pano.
Para ser eficiente como uma barreira física, a máscara caseira precisa seguir algumas especificações, que são simples:
- Tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja dupla face.
- Seja de uso individual: não pode ser dividida com ninguém.
- Confeccionada em tecido de algodão, tricoline, TNT ou outros tecidos, desde que desenhadas e higienizadas corretamente.
- Feita com elásticos ou tiras para amarrar acima das orelhas e abaixo da nuca. Desse jeito, o pano estará sempre protegendo a boca e o nariz e não restarão espaços no rosto.
- Produzida nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que estejam bem ajustadas ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.
- Trocada a cada duas horas.O ideal é que cada pessoa tenha pelo menos duas máscaras de pano.
- Usada sempre que precisar sair de casa. Sair sempre com pelo menos uma reserva e levar uma sacola para guardar a máscara suja, quando precisar trocar.
- Lavadas com água sanitária e deixadas de molho por cerca de 20 minutos.
Outra alternativa é fazer uma máscara ‘barreira’ usando um tecido grosso, com duas faces. Sempre para uso individual. Não precisa de especificações técnicas. Essa opção faz uma barreira tão boa quanto as outras máscaras. O importante é que deve ser lavada para manter o autocuidado. Lava-se com sabão ou água sanitária e deixa-se de molho por cerca de 20 minutos.
O Ministério da Saúde elaborou algumas orientações para que a população faça as máscaras com os materiais que têm em casa.
Modelo de máscara
O Tesourinhas Cursos, de Brasília-DF, desenvolveu moldes para você fazer a própria máscara de tecido.