
Reunião da Executiva Nacional do PSB em Brasília
Em reunião nesta quinta-feira, 6 de junho, em Brasília, a Executiva Nacional do PSB estabeleceu a Economia Criativa como uma das prioridades na agenda do partido. “Desenvolver todas as ações necessárias a inserir o Brasil no contexto da economia criativa, que já se transformou, nas economias desenvolvidas, no principal elemento de geração de valor”, diz a primeira diretriz do documento assinado pelo presidente do partido, Carlos Siqueira.
“A reunião da Executiva Nacional, dedicada quase que exclusivamente à discussão política, praticamente aprovou o documento escrito pelo presidente Carlos Siqueira que conseguiu conciliar duas tarefas prioritárias: a necessidade de se fortalecer uma ampla frente democrática e a singularidade do PSB. Esse segundo aspecto revela-se nos 5 pontos para uma agenda nacional, em que o primeiro ponto é a reafirmação da economia criativa como eixo de desenvolvimento”, avalia Domingos Leonelli, secretário especial do partido.
O texto de Siqueira, intitulado “Proteção da democracia, tarefa que unifica a luta contra o retrocesso”, traz uma análise sobre o atual cenário nacional de crise na política brasileira, faz críticas ao governo “antipopular” do presidente Jair Bolsonaro e sua “agenda econômica e social regressiva”, e defende a construção de uma ampla aliança com todas as forças populares para “preservar a qualquer preço” a democracia e os direitos sociais “duramente conquistados” a partir da Constituição de 1988.
Leonelli: “O documento de Siqueira concilia duas tarefas prioritárias: a necessidade de se fortalecer uma ampla frente democrática e a singularidade do PSB. Esse segundo aspecto revela-se nos 5 pontos para uma agenda nacional, com a reafirmação da economia criativa como eixo de desenvolvimento”
“A situação dramática com que o Brasil se depara não decorre, evidentemente, apenas do atual mandato presidencial, mas também de uma sucessão de eventos ao longo dos últimos trinta e quatro anos, que produziram uma vitória eleitoral em 2018 que traduz um desencanto com relação às virtudes da democracia representativa –fenômeno que se observa também em escala mundial”, diz o documento.
Para Siqueira, ao ser confrontado pela insatisfação popular, o sistema político errou ao adotar medidas defensivas em vez de atender aos clamores por mudanças expressivas em sua lógica de funcionamento. “Desse modo, implantou-se uma reforma política extremamente tímida, que não atacava de modo incisivo o problema da fragmentação partidária, como que foram preservadas todas as tensões preexistentes”, continua.
O presidente do PSB propõe, em termos de reforma política, a diminuição da quantidade de partidos até no máximo cinco ou seis, a intensificação do uso dos mecanismos de participação, já previstos na Constituição (plebiscito, referendo, projetos de lei de iniciativa popular etc.), a adoção da bandeira do parlamentarismo e a defesa do voto distrital misto. Tudo isso a partir de uma aliança dos setores progressistas, com todas as forças políticas, institucionais; personalidades do mundo intelectual, artístico, operadores do direito, entre outros. Leia a íntegra aqui.
A executiva Nacional do PSB decidiu ainda autorizar o presidente Carlos Siqueira e o deputado Alexandre Molon, secretário de Relações Internacionais, a promover os entendimentos para a desfiliação do PSB do Foro de São Paulo em decorrência da filiação do partido à Aliança Progressista Internacional e à necessidade de fortalecer a Coordenação Socialista Latino-Americana, da qual o Brasil ocupa a Secretaria-Geral.