
O deputado federal Camilo Capiberibe (PSB-AP) conversou com exclusividade com o portal Socialismo Criativo e tratou de temas políticos do momento. O socialista comentou o debate sobre voto impresso, as decisões do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados e a investigação sobre atos antidemocráticos.
Confira a entrevista com Camilo Capiberibe
Camilo comentou o evento que contou com a participação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso. O magistrado participou, na quarta-feira (9) de uma comissão geral que discutiu propostas em análise na Câmara que alteram a legislação eleitoral, entre elas a adoção de urnas eletrônicas que permitam a impressão dos votos (PEC 135/19).
Barroso tentou blindar o sistema de votação eletrônica adotado no Brasil a partir de 1996. Para ele, o processo eletrônico “é seguro, transparente e, sobretudo, é auditável”. Ele disse também que nunca houve fraude comprovada nas urnas eletrônicas.
O presidente do TSE defendeu as urnas eletrônicas brasileiras e afirmou que a ideia de se implantar um modelo híbrido na apuração, contando com o voto impresso a partir das Eleições de 2022, é um “retrocesso”. A declaração ocorreu durante audiência na comissão geral da Câmara dos Deputados para debate sobre reforma eleitoral.
Camilo Capiberibe analisa pautas políticas da semana
“Não daríamos tanta importância ao debate sobre voto impresso se entendêssemos que essa medida pode ajudar no discurso bolsonarista. E manteríamos o foco naquilo que realmente importa”. Esta foi uma das mensagens do parlamentar socialista Camilo Capiberibe, do PSB do Amapá, em entrevista exclusiva ao Socialismo Criativo.
Durante a entrevista, o parlamentar também comentou as decisões do Comitê de Ética da Câmara dos Deputados, com o pedido de afastamento temporário do deputado Daniel Silveira, acusado de gravar um colega durante uma reunião de partido, e da deputada Flordelis, acusada de matar o marido.
Capiberibe também criticou a Procuradoria Geral da República (PGR) por pedir o arquivamento de investigações do envolvimento de parlamentares em atos antidemocráticos.