Ex-ministro do PT, Amorim declara apoio a Boulos na disputa à prefeitura de SP

Quadro histórico do Partido dos Trabalhadores (PT), o ex-chanceler Celso Amorim, que foi ministro das Relações Exteriores de Lula e da Defesa no governo de Dilma Rousseff, declarou apoio à chapa Boulos e Erundina para a prefeitura de São Paulo.

Amorim é filiado ao PT, que fechou consenso em torno do nome de Jilmar Tatto para prefeito da capital. O ex-chanceler mantém proximidade a Lula, mesmo depois que deixou de integrar seu governo.

À jornalista Mônica Bergamo, da Folha, ele afirmou que a decisão de aderir à campanha do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), com Guilherme Boulos para prefeito e Luiza Erundina na vice, tem cunho pessoal e ocorreu sem consultas à lideranças do PT. De acordo com ele, a dupla é quem melhor representa as lutas do momento.

“As próximas eleições terão significado nacional. Em São Paulo, a chapa Boulos-Erundina é a que melhor encarna as duas lutas essenciais do momento: a defesa da democracia e o resgate da soberania”, afirma o ex-chanceler.

Ainda nessa segunda, pelo Twitter, Boulos anunciou gesto de agradecimento a Amorim pelo apoio à candidatura, que forma mais uma frente progressista na disputa eleitoral pela prefeitura da maior cidade do país.

Acabei de ligar para o chanceler Celso Amorim pra agradecer sua declaração de apoio à nossa pré-candidatura em São Paulo. Temos a oportunidade de virar o jogo na maior cidade do Brasil. Existe esperança em SP!

— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) August 10, 2020

Além de Jilmar Tatto, a chapa Boulos-Erundina tem entre como adversários no campo da esquerda o também ex-ministro de Lula, Orlando Silva (PCdoB) e o ex-governador Márcio França (PSB).

Leia também: Chico, Caetano e intelectuais assinam manifesto da chapa Boulos-Erundina

A candidatura de Boulos tem atraído antigos e simbólicos apoiadores do PT, como Chico Buarque, Wagner Moura, Camila Pitanga, Luis Fernando Veríssimo, Vladimir Safatle e André Singer, que assinaram manifesto de apoio ou expressaram suas opiniões em textos individuais.

Parte dos signatários, como Chico Buarque, declarou voto ao petista Fernando Haddad na corrida presidencial de 2018. Outros nomes da lista (caso de Caetano Veloso) fizeram campanha no primeiro turno para Ciro Gomes (PDT).

Com informações da Folha