
O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, atacou na terça-feira (28) o presidente estadunidense Joe Biden, a quem acusou de usar “a Ucrânia para fazer ataques militares, políticos e econômicos contra o povo da Rússia”.
Em sua conta privada no Twitter, o chefe de Estado boliviano entre 2006 e 2019 explicou que “Biden, presidente do país que mais massacrou no mundo com golpes e intervenções, várias delas com a OTAN, revela seus planos e exige a derrubada do presidente (russo) Putin”.
Passou a descrever o papel dos Estados Unidos na guerra na Ucrânia como “cinismo imperialista”, e enfatizou que Biden “está buscando um golpe de Estado na Rússia”.
Morales também lembrou que os Estados Unidos são “o único país do mundo que assassinou centenas de milhares com bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, que massacra povos e saqueia recursos naturais, não tem moral para chamar ninguém de criminoso”.
Em 24 de fevereiro, a Rússia iniciou uma operação militar na Ucrânia após as autoridades das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Luhansk terem pedido ajuda para repelir a escalada da agressão de Kiev.
Entre as exigências do Kremlin estão a desmilitarização e “desnazificação” da Ucrânia, a cessação de suas ações militares, o estabelecimento de seu status neutro na constituição, o reconhecimento da Crimea como parte da Rússia, assim como a independência de Donetsk e Lugansk.
China também se posiciona contra EUA
A China também tem se posicionado de maneira cada vez mais contundente em relação aos Estados Unidos. Após o presidente estadunidense, Joe Biden, proibir a compra de petróleo da Rússia, o gigante asiático acusou os EUA de manter laboratórios biológicos com “vírus perigosos” na Ucrânia e chama a atenção para as intervenções promovidas pelo governo estadunidense ao redor do mundo.
De acordo com o porta-voz da chancelaria chinesa, Zhao Lijian, foram 69 episódios desde a Segunda Guerra Mundial. Ele publicou uma lista no final de fevereiro em que Brasil aparece duas vezes: em 1964, ano do golpe militar que instaurou a ditadura que duraria 21 anos; e 2016, quando a então presidente Dilma Rousseff (PT) sofreu o impeachment.
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Agora, o porta-voz cobra os EUA para que divulgue informações sobre os laboratórios que mantém não apenas na Ucrânia para serem usados como arma de guerra.
“Os Estados Unidos, que mais conhecem os laboratórios, devem divulgar as informações específicas relevantes o mais rápido possível, incluindo quais vírus são armazenados e a pesquisa que vem sendo realizada”, disse Zhao.
Para o o governo chinês, essas atividades bio-militares são apenas “a ponta do iceberg” e acusou o Departamento de Defesa estadunidense de controlar 336 laboratórios biológicos em 30 países.
A China lembrou ainda que apenas os Estados Unidos bloquearam por 20 anos a criação do protocolo de verificação da Convenção sobre Armas Biológicas e se recusaram a aceitar inspeções de laboratórios dentro e fora de suas fronteiras. Ele também criticou com veemência a guerra econômica que se soma à invasão da Ucrânia.