
O número de mortes causadas pela Covid-19 nos Estados Unidos chegou a 500 mil neste domingo (21), segundo contagem das TVs MSNBC e NBC News. Mais americanos morreram em razão da doença do que nos campos de batalha da 1.ª Guerra, da 2.ª Guerra e da Guerra do Vietnã somadas.
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Até agora, um em cada 670 americanos morreu de Covid. Na cidade de Nova York, mais de 28 mil pessoas morreram – um em cada 295 habitantes. Los Angeles perdeu quase 20 mil pessoas, cerca de um a cada 500 moradores. As áreas rurais também foram afetas, como o condado de Lamb, no Texas, onde 13 mil pessoas vivem espalhadas por 2,5 mil quilômetros quadrados, mas um em cada 163 pessoas morreu vítima da Covid.
Os dados demonstram que mesmo com a vacinação avançando rapidamente sob o comando do democrata Joe Biden, o vírus ainda representa uma ameaça em todo o país.
“Não vemos nada parecido em 100 anos, desde a pandemia de 1918”, disse o imunologista Anthony Fauci, conselheiro de Joe Biden, à CNN. “É algo que ficará para a história. Em décadas, as pessoas ainda falarão sobre este momento no qual tantas pessoas morreram.”
Vacinação
Durante discurso em uma fábrica de vacinas da Pfizer em Kalamazoo, Michigan, Biden observou que a taxa de vacinação oferece alguma esperança. “Acho que chegaremos mais perto do normal até o final deste ano. Se Deus quiser, este Natal será diferente do anterior”, disse.
Com uma média de 1,7 milhão de vacinas aplicadas por dia, número que deve aumentar nas próximas semanas, Biden está confiante em atingir 600 milhões de doses – ou seja, vacinar toda a população – até o fim de julho.
Um total de 61 milhões de pessoas receberam uma das duas vacinas licenciadas nos Estados Unidos (Pfizer / BioNTech e Moderna), e 18 milhões já receberam as duas doses necessárias.
Máscaras até 2022
Mesmo com a expectativa de vacinar todo o país ainda na metade deste ano, Fauci cogitou a possibilidade da população americana ter de seguir usando máscaras em 2022. Um dos principais fatores seria a preocupação com as novas variantes do vírus, que podem atrasar a volta à normalidade.
Fauci, que também é diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid, na sigla em inglês), reforçou a ideia de que os EUA começarão a retomar o ritmo normal das atividades perto do fim do ano, mas ressaltou que isso depende do que é considerado “normalidade” neste caso.
“Não posso prever, mas acho que teremos um nível significativo de normalidade à medida que o outono e o inverno (no hemisfério norte) cheguem no fim do ano. Pode não ser precisamente como era antes da pandemia, mas será muito melhor do que o cenário atual”, disse.
Com informações do jornal O Estado de S. Paulo