
Os Estados Unidos negaram as exigências da Rússia para solucionar a crise criada com a Ucrânia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), nesta quarta-feira (26).
A resposta foi entregue pelo embaixador dos EUA em Moscou, John Sullivan, ao vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko.
Os EUA já haviam avisado que as principais exigências russas para cessar a ameaças de um confronto.
O mandatário russo, Vladimir Putin, quer que a Otan negue a entrada da Ucrânia no bloco, bem como de outras repúblicas que pertenceram à extinta União Soviética.
Exige ainda que que a aliança militar ocidental retire tropas e equipamentos militares de sua vizinhança.
Enquanto a Rússia ameaça invadir a Ucrânia, EUA e aliados prometem sanções ao país caso a invasão se concretize.
Os Estados Unidos alegam que o possível confronto está nas mãos de Putin, conforme o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, responsável pela diplomacia do país, afirmou em entrevista em Washington.
Por afirmar temer o conflito, a embaixada americana pediu que todos os cidadãos deixem a Rússia.
Enquanto isso, conversas entre Rússia, Ucrânia, Alemanha e França em Paris resultaram apenas na combina de nova reunião, em Berlim.
Em um sinal de que diz temer um conflito iminente, a embaixada americana em Kiev pediu que todos seus cidadãos deixem a Ucrânia.
Blinken disse que haverá conversas com reciprocidade “se a Rússia desescalar suas forças” em torno da Ucrânia.
Desde novembro, mais de 100 mil soldados estão mobilizados na região.
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Dependência energética da Rússia
Enquanto países como Dinamarca, França e Espanha mobilizam seu poderio bélico e militar para a região e os Estados Unidos colocou milhares de soldados em “alerta máximo”, a Alemanha resiste em se posicionar de contundente, como querem os aliados.
Um dos motivos é a dependência energética. A Alemanha é o maior comprador de gás da Rússia, responsável por mais da metade das importações do país.
Outra divergência é em torno do gasoduto Nord Stream 2, que liga os dois países e tem 1,2 mil quilômetros. Concluído em setembro, o projeto está à espera de certificação para começar a funcionar.
O gasoduto é justamente uma das promessas de sanção dos EUA contra a Rússia. O que esbarra na Alemanha, que prevê 26 milhões de lares alemães beneficiados com o empreendimento. Embora, não descarte usar o gasoduto nas sanções ao se comprometer a endurecer com a Rússia.
Com informações do Valor, O Globo, Folha e g1