
Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (27) que emitiram o primeiro passaporte com um “X” na descrição de gênero. A medida visa contemplar pessoas não binárias, intersexuais e gênero não-conformes, ou seja, que não se identificam como homem ou mulher.
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O Departamento de Estado, o equivalente ao Ministério das Relações Exteriores no Brasil, informou que essa opção também estará disponível no início de 2022 tanto para os passaportes quanto para a certidão de nascimento de estadunidenses que estejam no exterior.
“Quero ressaltar com esta medida o compromisso do Departamento de Estado com a promoção de liberdade, dignidade e igualdade para todas as pessoas, incluindo os LGBTQIA+”, informou em comunicado o porta-voz Ned Price.
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O secretário de Estado, Antony Blinken, prometeu em junho que realizaria a mudança após resolver obstáculos tecnológicos que ainda impediam a implementação. Antes do anúncio de hoje, o órgão já havia passado a permitir que o próprio solicitante selecione o gênero no documento. Antes das reformas, era necessário apresentar um laudo médico caso a pessoa decidisse marcar uma opção diferente daquela registrada na certidão de nascimento.
“O processo de adicionar um marcador de gênero para pessoas não-binárias, intersexuais e não-conformes a esses documentos é tecnologicamente complexo e levará tempo para atualizações extensas de sistemas”, explicou Antony Blinken, na ocasião.
Segundo a Rede de Empregadores para Diversidade de Inclusão, sediada em Londres na Inglaterra, ao menos 11 países já adotaram a medida, com a opção “X” ou “outro” no passaporte. Entre eles, Argentina, Canadá e Alemanha. No nosso vizinho sul-americano, a mudança ocorreu neste ano e também vale para o documento nacional de identidade (DNI).
Com informações do jornal O Globo