
Por Marcelo Hailer e Henrique Rodrigues
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não deixou por menos a sua fama internacional e, durante conversa com líderes de outros países que participam do G20, encontro que reúne as 20 maiores economias do mundo, falou diversas mentiras sobre a situação do Brasil.
Em uma roda de conversa com Recerp Erdogan, primeiro-ministro da Turquia, e o vencedor das eleições e futuro primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, que abandonou a conversa, afirmou, ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, e de Carlos França, Itamaraty, que a economia do Brasil está bem.
“Está tudo bem [no Brasil]. A economia está voltando bem forte. A mídia como sempre atacando. Estamos resistindo bem”, declarou Bolsonaro.
Em outro momento, é questionado sobre os grupos opositores. O presidente, aos risos, responde que “não é fácil ser chefe de Estado em qualquer lugar do mundo”.
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Em seguida a Petrobras vira pauta da conversa. “A Petrobras é um problema. Mas, nós estamos quebrando monopólio, uma reação muito grande. Até pouco tempo era uma empresa de um partido político (referindo-se ao PT)”, mente Bolsonaro.
Posteriormente, os jornalistas perguntam sobre a eleição de 2022. “Eu estou bem, eu tenho um apoio popular muito grande. Temos uma boa equipe de ministros. Não aceitei indicação de ninguém, fui eu que botei todo mundo e prestigiei as Foças Armadas, 1/3 dos ministros são militares”, afirma Bolsonaro.
Carluxo vai a Roma com Bolsonaro e não sai do celular
O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) não está na Cidade Maravilhosa. A informação não é exatamente uma novidade, já que o filho 02 do presidente da República passa quase todo o tempo em Brasília, dentro do Palácio do Planalto, operando as caóticas redes sociais do pai, recheadas de desinformação, ataques e discursos de ódio. Mas dessa vez ele foi longe demais, literalmente.
Imagens divulgadas de Roma mostram que Carlos perambula em meio aos guarda-costas do pai e dos simpatizantes extremistas que assediam o mandatário brasileiro. Os custos do turismo oficial, claro, são arcados pelo contribuinte, obrigados a bancar a ida de um vereador, sem qualquer função pública ou institucional, a uma capital europeia.
Curiosamente, o prolixo e instável filho presidencial vem sendo flagrado na atividade pela qual é mais conhecido: mexer no celular.