
Neste domingo (21), o Chile começa o processo de escolha do seu presidente, com a realização do primeiro turno das eleições. O processo é marcado pela revolta social de 2019, que culminou com uma Assembleia Constituinte que trabalha por uma nova Carta Magna. Dois candidatos completamente opostos no espectro político – esquerda e extrema-direita – lideram as pesquisas.
A lei chilena proíbe a divulgação de levantamentos nos últimos 15 dias antes da votação. Os parâmetros para indicar os favoritos são de sondagens realizadas na primeira semana de novembro. As informações são do Opera Mundi.
Nas últimas pesquisas, o candidato José Antonio Kast, do Partido Republicano, de extrema direita, aparecia sempre com uma leve vantagem, entre 3 a 5 pontos, sobre Gabriel Boric, representante da coalizão entre a Frente Ampla e o Partido Comunista. No entanto, Kast vinha subindo nas pesquisas de maneira constante.
No levantamento da Activa Research, divulgada em 6 de novembro, a vantagem de Kast sobre Boric era de quatro pontos percentuais (21,7% contra 17,7%), dentro da margem de erro de 3 pontos para mais ou para menos.
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A terceira colocada é a Yasna Provoste, única mulher em campanha e candidata da coalizão de centro-esquerda entre o seu Partido Democrata Cristão e o Partido Socialista. Ela tinha 10,9%, segundo a pesquisa de duas semanas atrás.
Por sua parte, o candidato governista Sebastián Sichel, representante dos partidos de centro direita que apoiam o governo de Sebastián Piñera (UDI, Renovação Nacional e Evópoli), tinha 8,2% das intenções de voto naquele momento, embora ainda seja considerado um candidato com chances, segundo boa parte dos analistas políticos chilenos.