
Neste sábado (25), os entregadores de aplicativos realizarão a segunda paralisação nacional contra as plataformas. O movimento, que tem pautas como melhores condições de trabalho e remuneração para a categoria, começa a ganhar algumas vitórias, ainda que pequenas, e também passa por divisões.
A primeira manifestação ocorreu no dia 1º de julho e contou com adesão em vários estados brasileiros. Na época, o movimento rendeu protestos físicos grandes em capitais, como São Paulo, e afetou a dinâmica dos pedidos em restaurantes e nas plataformas.
A dúvida sobre a manifestação deste sábado é se conseguirá atrair tantos entregadores quanto no ato anterior, quando o movimento repercutiu tanto na imprensa quanto em grupos de WhatsApp de entregadores, por onde é feita a comunicação e onde são tomadas decisões sobre a paralisação.
Sem líderes, sem partido
A exemplo do primeiro ato, a manifestação rejeita dizer que tem “lideranças“, e por isso não fala em nome de associações, sindicatos, partidos e afins. As decisões são tomadas em grupo por meio de votações. Foi assim que a data deste sábado foi escolhida.
“A expectativa do dia 25 é bem grande. Sinto um pouco de desmotivação de alguns, mas promete ser grande. Estou vendo alguns Estados mais ativos por causa do oportunismo de sindicatos. A categoria optou pela não ajuda de sindicatos porque foram oportunistas no primeiro breque. É um movimento sem partidos, da categoria”, afirma Alessandro da Conceição, conhecido como “Sorriso“, um dos organizadores em Brasília e que tenta tirar do papel a Associação dos Motofretistas Autônomos e Entregadores do Distrito Federal (AmaeDF).
Para Edgar Silva, presidente da Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil (Amabr), a escolha por sábado pode ser pela data ser mais movimentada no delivery e assim afetar mais os apps.
“Minha expectativa é que seja o dobro do dia 1º. Mas existem muitas variáveis que podem atrapalhar. Uma delas é ser sábado. Foi feita uma eleição entre entregadores e acharam que sábado era o melhor dia. Pode ter a ver com ser o dia com mais entregas. Geralmente é um dia ruim para administrativo, mas delivery sai muita entrega”, diz “Gringo”, como é conhecido Silva.
Os entregadores planejam atos físicos em algumas cidades. Em Brasília, eles devem sair às 9h da torre digital de TV em Brasília e de lá fazer um percurso até o Congresso. Já em São Paulo, há a previsão de um encontro às 15h no Pacaembu.
Com informações do Uol.