
Mais de 40 movimentos e entidades da sociedade civil lançaram a Plataforma Emergencial para Enfrentamento da Pandemia de Coronavírus e da Crise Brasileira, noticiou o site Rede Brasil Atual.
A ação acontece diante da incapacidade do governo de agir rápido para preservar vidas, principalmente da população pobre.
Reunidas nas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, as entidades lançaram a plataforma na terça-feira (31), em São Paulo, pedindo a saída de Bolsonaro.
O jornal registra que o documento elenca mais de 60 propostas de defesa dos trabalhadores, em oposição ao governo de Jair Bolsonaro, por promover desinformação e reiterados ataques à saúde pública.
7 eixos prioritários
As propostas estão ancoradas em 7 eixos prioritários e apontam necessidades como a de se organizar um plano especial que contemple pessoas em situação de rua, que vivem em palafitas, favelas e cortiços.
Para tanto, os movimentos e as entidades sugerem que esse plano especial viabilize “condições de moradia digna, com possível remoção, utilização de imóveis públicos e desapropriação de imóveis privados”.
“Esse governo é da morte”,
A secretária-geral da CUT, Carmen Foro, afirmou ao jornal que a ação conjunta é uma opção de luta pela vida e de enfrentamento ao “governo que optou pela morte”. Ela lembrou que Bolsonaro caminha na contramão de tudo que é orientado por autoridades nacionais e internacionais.
Empregos
Contrariando a política governamental de morte já denunciada pelos movimentos, inclusive em relação ao desemprego, a plataforma propõe a garantia de empregos, preservação dos salários e permanência dos acordos durante a crise da pandemia.
“É importante defender direitos dos trabalhadores em saúde que estão à frente da pandemia”, reiterou Carmen.
Da mesma forma, o coordenador da Frente Povo sem Medo, Guilherme Boulos, criticou a atitude de Bolsonaro de colocar a vida das pessoas em risco, estimulando a população a ir para as ruas no período de quarentena.
“Bolsonaro está na contramão de todas as lideranças, independente do espectro ideológico”, reiterou ao Brasil Atual o líder sem teto. Ele lembrou que até mesmo Donald Trump implementou quarentenas pesadas nos Estados Unidos.
Unidas, as lideranças pedem a saída de Bolsonaro pela falta de capacidade no enfrentamento da pandemia.
“A saída dele se tornou questão de saúde pública. Ele atua como aliado da pandemia com suas políticas inconsequentes. Ao mesmo tempo que cobramos que Bolsonaro tem que sair, apresentamos propostas para o povo brasileiro. Para que o povo não fique jogado à própria sorte”, disse Boulos ao jornal.
João Pedro Stedile, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Carmen Foro, da CUT, Guilherme Boulos, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), e Iago Montalvão, da União Nacional dos Estudantes, participaram do lançamento.
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