
Em meio à volta do flagelo da fome, índices recordes de desemprego e um auxílio-emergencial reduzido a R$ 150 reais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) resolveu dar um churrasco de luxo no domingo de Dia das Mães. O diferencial esteve no cardápio e o chefe do Executivo adquiriu uma carne nobre, a picanha, com o valor do quilo custando nada menos do que R$ 1.799,99.
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Nas redes sociais, diversos políticos criticaram a conduta do presidente. O líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), lembrou o elevado número de 19 milhões de brasileiros passando fome.
Com o preço de apenas um quilo da carne consumida pelo presidente seria possivel pagar 11 parcelas do auxílio-emergencial de R$ 150 a um brasileiro desempregado. Atualmente, o salário mínimo é de R$ 1.100,00, ou seja, menos do que o mesmo quilo de picanha custou.
Carne para churrasco foi personalizada
A seleta carne foi levada pelo churrasqueiro Tchê. Ele é conhecido como “Churrasqueiro dos Artistas” e veio diretamente do Pará para servir ao presidente e seus amigos. Na lista de convidados estava, por exemplo, o cirurgião plástico que fez as próteses da primeira-dama Michelle Bolsonaro. O churrasco foi realizado na residência oficial do presidente, o Palácio da Alvorada.
Essa farra foi descoberta pelo jornalista Marcos Nogueira, da colunista da Folha de S.Paulo. De acordo com o jornalista, a carne é uma picanha de gado japonês da raça wagy.
O preço dessa carne no frigorífico é R$ 1.200. Mas o presidente decidiu pagar mais caro porque as peças entregues a ele tinham uma embalagem personificada com uma charge do presidente e o título “Picanha Mito”.
Com informações da coluna Cozinha Bruta, da Folha de S.Paulo