
Sem ter feito nada de concreto em seu passeio pela Rússia, além de tentar fingir que teve alguma influência sobre a retirada de tropas russas da fronteira com a Ucrânia, Jair Bolsonaro (PL) deu um jeito de se encontrar com o também reacionário Viktor Orbán, primeiro ministro da Hungria. O atual ocupante do Palácio do Planalto também voltou a divulgar informações falsas sobre a Amazônia.
Durante o discurso da viagem improvisada, Bolsonaro chamou Orbán de “”meu irmão dadas as afinidades”, e disse que ambos os países “comungam de quatro palavras: Deus, Pátria, Família e Liberdade”.
Termos que têm origem no fascismo italiano, adotado por fascistas brasileiros da Ação Integralista e pela ditadura de Portugal, a mais longa da Europa, entre 1933 e 1974.
Como nem querendo agradar Bolsonaro consegue fugir ao vexame, chamou a Hungria de “pequeno grande irmão” do Brasil. O país tem quase 10 milhões de habitantes.
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Bolsonaro também tentou, novamente, emplacar a mentira divulgada amplamente por e seus aliados de que interveio para a retirada de parte das tropas russas da fronteira com a Ucrânia. O que não passa de mais uma fake news disseminada pelo clã presidencial.
Em sua reunião com o mandatário russo, Vladimir Putin, nenhum resultado concreto para o Brasil nem para as ameaças de conflito na Ucrânia.
Mentiras sobre a Amazônia
Em outra frente, Bolsonaro afirmou que o Brasil não destrói a Amazônia. Apesar dos números oficiais do Brasil afirmarem justamente o contrário, o atual mandatário brasileiro disse 63% do território está preservado.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que a Amazônia teve recorde de alertas de desmatamento em janeiro de 2022. Foi o pior janeiro desde 2016, quando começou o monitoramento.
Já o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), revelam que em 2021 a Amazônia sofreu com o maior desmatamento em 10 anos.
Pesquisadores, servidores e fiscais de órgãos como o Ibama ouvidos pelo Jornal Nacional afirmaram que o desmatamento registrado em janeiro foi resultado da contínua falta de ação do governo federal para conter os crimes ambientais na Amazônia. Eles apontaram o desmonte da fiscalização ambiental e a postura do presidente da República como incentivos à ação de criminosos.
Com informações da Folha e g1