
Nesta quarta-feira (27), um dia após o escândalo das despesas de R$ 1,8 bilhão com alimentação do governo Bolsonaro em 2020 vir à tona, o jornalista e advogado Fernando Boscardin revelou a identidade dos proprietários da empresa em que o governo federal adquiriu R$ 15 milhões em leite condensado e R$ 2,2 milhões em chicletes. O empreendimento pertence a Azenate Barreto Abreu, casada com o pastor Elvio Rosemberg da Silva Abreu e mãe de Elvio Rosemberg da Silva Abreu Júnior.
Sob o nome jurídico de “Saúde & Vida Comercial de Alimentos Eireli”, o jornalista apontou que as somas feitas até agora, indicam o faturamento de R$ 37 milhões a partir de contratos selados com o governo federal. Deste total, R$ 12 milhões teriam sido pagos pelo Ministério da Defesa. Júnior, o filho do casal, também teria celebrado contratos da ordem de R$ 25 milhões junto ao governo. As revelações foram feitas via Twitter, pelo jornalista.
“A julgar pelas fotos do Facebook do senhor Elvio e dona Azenate, ambos levam uma vida modestíssima para quem faturou com as empresas da família R$ 37 milhões. Parecem pessoas simples. O filho não disponibiliza as fotos no Face”, destaca a postagem.
Ainda segundo Boscardin, “resta averiguar se eles efetivamente (+) tem envolvimento com as empresas ou se utilizaram seus nomes. Tudo pode estar em ordem. Porém é curioso que empresas individuais de pessoas aparentemente sem ligação com o ramo da alimentação sejam fornecedores de contratos de milhões para o governo no ramo da…alimentação”.
Confira as postagens:
Polêmica do leite condensado em meio à crise
O novo escândalo envolvendo Jair Bolsonaro surge em meio ao desgaste da imagem do presidente, após inúmeras falhas no combate à pandemia da Covid-19 e em meio a crescentes pedidos de impeachment, que já passam de 60 pedidos.
O número, no entanto, vai aumentar. Na tarde desta quarta-feira (27), PSB e demais partidos que compõem a Minoria da Câmara, apresentarão mais uma demanda de afastamento do mandatário.