O presidente, que vem evitando embates públicos e declarações polêmicas, alertou o filho, Carlos Bolsonaro, para fazer o mesmo em suas redes sociais

O presidente Jair Bolsonaro, que têm adotado nova estratégia de apaziguamento, resolveu pedir ao seu filho Carlos, vereador no Rio de Janeiro e um dos nomes mais influentes na comunicação do Palácio do Planalto, para baixar o tom nas redes sociais, em especial em relação ao Judiciário.
De acordo com a colunista Bela Megale, a conversa aconteceu há poucas semanas e tem como objetivo amenizar a relação do governo com o Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente enquanto operações são realizadas em relação a Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu filho Flávio Bolsonaro.
Ainda segundo a coluna, Carlos alertou o pai que a nova postura não tem agradado a militância virtual bolsonarista. Inclusive, informando que os afagos públicos por Bolsonaro aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), irritaram especialmente as redes bolsonaristas na internet.
Em contrapartida, o vice-presidente Hamilton Mourão defendeu a nova postura pacificadora do Planalto e a aproximação com partidos do centrão, chegando a dizer que “se não houver coalizão, o presidente não governa”. Para ele, Bolsonaro começou com uma “visão idílica” no primeiro ano de governo, mas “mudou a sua rota” em 2020.
“Muito se fala da questão presidencialismo de coalizão, o presidencialismo ele só pode ser de coalizão. Pra mim presidencialismo de coalizão é pleonasmo. Se não houver coalizão o presidente não governa-comentou”, disse Mourão em conversa promovida pelo banco Credit Suisse.