
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), defendeu na última segunda-feira (28) o aumento de 47% em seu próprio salário a partir de 2022 e afirmou que o teto do funcionalismo municipal está “defasado”. As declarações foram dadas em entrevista à GloboNews.
Em meio à crise econômica agravada pela pandemia da Covid-19, serão reajustados em 2022 os salários do prefeito, Bruno Covas (PSDB), do vice, Ricardo Nunes (MDB), e dos secretários municipais.
O reajuste foi aprovado em duas votações na Câmara Municipal e sancionado no último dia 24, véspera de Natal. Com a medida, o salário do prefeito passa de R$ 24 mil para R$ 35,4 mil. A oposição entrou na Justiça para tentar barrar o aumento.
“O salário do prefeito é o teto do funcionalismo. O teto do funcionalismo está congelado desde 2013, quando nós tivemos o último reajuste. Durante esse período de oito anos, a inflação foi algo em torno de 60 a 100%, dependendo do valor que é considerado. O salário mínimo aumentou nesse período 68%. O valor dos salários dos professores na rede municipal aumentou 80%”, comparou Covas.
Segundo o prefeito, a defasagem é ruim para a cidade porque algumas carreiras do funcionalismo municipal, como os auditores fiscais, recebem pelo teto. Sem o reajuste, diz, Covas, esses profissionais começam a “se preparar para concursos para ir trabalhar no governo federal ou em outros governos municipais e estaduais”. “E nós vamos perdendo esses servidores”, acrescentou.
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O tucano disse ainda que o projeto aprovado é somente “autorizativo”, e, segundo ele, “não amplia de forma automática o salário do prefeito, do vice e dos secretários”. “Nós só vamos fazer isso em 2022, caso a pandemia já tenha passado”, assegurou.
Covas disse ainda que, caso o reajuste não fosse aprovado agora, só poderia ser votado após quatro anos, já que esse tipo de projeto só pode ser sancionado para o exercício seguinte. “Então, nós ficaríamos 12 anos com esse valor defasado.”
Com informações do Agora São Paulo