Elias Vaz cobra transparência de gastos do presidente nas férias

O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) questionou o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, sobre a discriminação dos gastos de R$ 2,4 milhões feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante as férias de dezembro passado. Rosário participou de audiência pública realizada pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (20).

Vaz foi o autor do questionamento sobre os recursos públicos usados nas viagens de férias do presidente às praias de São Francisco do Sul (SC) e Guarujá (SP) entre os dias 18 de dezembro de 2020 e 5 de janeiro deste ano, período de agravamento da pandemia. O parlamentar também foi coautor do requerimento para realização da audiência pública. Ele lamentou que o Rosário não tenha levado os dados com as despesas de cada item.

“O ministro afirmou que o governo preza pela transparência, mas solicitei a discriminação dos gastos com alimentação, bebidas, hospedagem, entretenimento e me foi negado. E não entendo como isso pode ferir a segurança do presidente. Para mim é uma questão política por ele gostar de dizer que come miojo, pão com leite condensado e vai ser desmascarado quando todos virem o que ele realmente gasta no dia a dia.”
Elias Vaz

Elias Vaz critica férias em plena pandemia

Em justificativa à cifra exorbitante para uma viagem de férias, o governo federal explicou que gastou muito com a segurança do chefe do Executivo. Na opinião de Vaz, é motivo de indignação o fato do presidente tirar férias durante o momento tão difícil que o Brasil enfrenta desde o ano passado com a pandemia da Covid-19. “Em dezembro o Brasil ainda estava sem vacina, mesmo com vários países já iniciando a vacinação, estava no fim do auxílio emergencial, o número de mortos passava de 200 mil. E nesse cenário ele tirou férias”, criticou o socialista.

Do total gasto durante as férias de dezembro, quase R$ 1,2 milhão foram com o cartão corporativo do governo federal, R$ 1,05 milhão bancaram combustível e manutenção de aeronaves, e R$ 202 mil, diárias da equipe de segurança presidencial.

Com informações do PSB na Câmara