
O número de candidaturas indígenas nas eleições deste ano é o maior desde o início da autodeclaração racial do candidato, em 2014, com 175 nomes. Porém, dados disponíveis no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que, destes, apenas nove irão concorrer a cargos majoritários.
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Durante o processo eleitoral de 2014, foram 84 candidatos que se autodeclaram indígenas. Já em 2018, esse número subiu para 134. Nas eleições deste ano, foram registrados 175 candidatos que se autodeclaram indígenas.
Quando analisamos o lançamento de candidaturas indígenas por espectro político, os partidos de esquerda possuem 57,1%, mais da metade do quantitativo total de candidatos de origem indígena no Brasil. Os partidos são: PSB, PT, Cidadania, PCdoB, PCB, PCO, PDT, PMN, PSOL, PSTU, PV, Rede Sustentabilidade e UP.
Avançamos, mas ainda precisa melhorar
Apesar do recorde, o número de candidatos indígenas ainda possui pouca representatividade no processo eleitoral. Apenas 0,62% dos candidatos se autodeclaram indígenas, contra 48,84% que se autodeclaram brancos.
Entre as candidaturas de povos tradicionais, há apenas dois postulantes à vaga de governador e um à vaga de vice-presidente na chapa com a candidata Vera Lúcia (PSTU): a candidata Raquel Tremembé (PSTU).

Já entre os candidatos a deputado estadual, os postulantes que se autodeclaram indígenas ocupam 60% das candidaturas.
De acordo com os dados do TSE, os partidos que possuem o maior número de candidatos aborígenes são a Rede Sustentabilidade, com 3,9%, seguido pelo PSOL, com 2,8% e o PT, com 2%.