
A vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a prioridade na agenda climática em seu plano de governo gerou derrubada de embargos de fundos europeus. Dessa vez, o fundo nórdico Nordea Asset Management decidiu remover as restrições para investimentos em títulos de dívida do governo brasileiro. As informações são do jornal O Globo.
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Maior fundo dos países nórdicos, com € 237 bilhões de ativos sob gestão, o Nordea colocou o Brasil na “geladeira” em 2019. A justificativa para o embargo era a escalada de queimadas na Amazônia e do “esvaziamento das políticas de proteção do meio ambiente e dos povos indígenas pelo governo Bolsonaro”.
“Com base nas declarações do presidente-eleito, incluindo o esperado retorno de Marina Silva ocupando um papel central no governo, junto com o efetivo reconhecimento do resultado da eleição por parte do presidente que está de saída, o time de dívidas de países emergentes do Nordea resolveu retirar a quarentena imposta aos bonds do governo brasileiro”, disse em nota o chefe de investimentos responsáveis da Nordea Asset Management, Eric Christian Pedersen.
Retorno de Marina ao governo Lula
Eleita deputada federal (Rede) e cotada para ocupar a pasta do Meio Ambiente no próximo governo, Marina Silva está no centro das articulações para a participação de Lula na COP27, a conferência do clima da ONU a ser realizada daqui a duas semanas no Egito. A presença de Lula será, ainda que informalmente, na condição de presidente-eleito, com outros chefes de Estado.
Marina estava rompida politicamente com Lula há mais de uma década, tendo deixado a pasta do Meio Ambiente por divergências na condução da pauta ambiental. Após o primeiro turno das eleições, ela condicionou seu apoio a Lula a um compromisso estratégico com a agenda ambiental e climática — e passou então a atuar ativamente na campanha.