
A economia criativa pode estar sentindo os primeiros sinais positivos desde o início da pandemia. É o que revela o Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural, que monitora a evolução econômica da indústria criativa no Brasil.
Os dados mostram que o segmento voltou a contratar no terceiro trimestre de 2020, embora longe de reaquecer a roda econômica. Depois de ver fechados 871,3 mil postos de trabalho entre dezembro de 2019 e junho do ano passado, a economia criativa voltou a contratar no terceiro trimestre de 2020.
De acordo com o Painel, entre junho e setembro de 2020 foram abertos 46.843 novos postos de trabalho no setor. Esse crescimento estanca a queda acentuada desde o início da pandemia. A curva de crescimento mais acentuada é observada quando se compara junho de 2020, quando havia 6.266.560 postos de trabalho no setor, com setembro de 2020, quando já havia 6.313.403. Uma alta de 0,7%.
Os dados abrangem tanto empregos formais (com carteira assinada, servidores públicos e profissionais empregadores ou conta-própria com cadastro formal de CNPJ) quanto os informais (trabalhadores sem carteira assinada e profissionais empregadores ou conta própria, sem cadastro formal de CNPJ).
Crescimento entre os “informais de apoio”
O maior crescimento do setor, de 9,9%, ocorreu entre os chamados trabalhadores informais de apoio, como um contador que presta serviços para a empresas ou indivíduos da economia criativa, por exemplo. O aumento de postos saltou de 637.626 para 700.632.
Já o segmento dos trabalhadores formais incorporados (um designer que trabalha numa indústria automotiva, por exemplo) também cresceu 9,3%, com o número de vagas avançando de 1.246 663 para 1.362 855 postos.
A queda de ofertas de vagas aparece no estrato de trabalhadores de apoio formais, uma retração de 12,4%. As 1.587.879 mil vagas existentes em junho caíram para 1.390.353 em setembro.
Os demais segmentos de trabalhadores da indústria criativa mapeados pelo estudo do Observatório do Itaú Cultural experimentaram aumento do número de vagas, mas em taxas modestas, com destaque para trabalhadores especializados informais (atuantes no setor de origem, como por exemplo, designers, roteiristas, escritores, arquitetos e artistas) informais (2,8%), especializados formais (2,4%) e informais incorporados em outros setores da economia (0,3%).
Com informações do portal Terra